A democracia brasileira chegou ao ponto de ser tão frágil para se deixar influenciar com mensagens trocadas em aplicativos de celular? Elas têm esse poder?
Estou pensando nisso desde ontem, quando li que finalmente o App mais popular de todos existentes no país, o whatsapp admitiu que foi usado para disparos em massa, devidamente contratados para atacar adversários.
E mais. Que isso tanto foi feito para favorecer Fernando Haddad, como Jair Messias Bolsonaro, o JMB, que contou com a ajuda de empresários que pagaram pelo serviço a empresas especialistas.
A base disso tudo: a mentira.
Usaram para plantar ideais e idéias, conceitos e pré-conceitos. Disseminar a cizânia. Fortalecer o ódio.
E o que é pior de parte a parte!
O volume maciço de mensagens, que partiam de chips comprados com CPFs de pessoas idosas, disparava de tudo.
(E antes de prosseguir, isso é crime.)
Seguiam após alguns clicks, desde questões ligadas aos valores cristãos da família brasileira até ataques pessoais. Como iam em forma de notícias ou ganhavam esse "status" quando eram formatadas como notícias, passaram a ser chamadas de fakenws.
Cedo
Ainda é cedo, do ponto de vista de influencia (sociológica, psicológica ou até mesmo, quem sabe parapsicológica), afirmar de modo claro e concreto que quem recebeu a mensagem votou ou deixou de votar, na esquerda ou na direita, por conta dos conteúdos das mensagens.
Só se sabe que as mensagens serviram para alimentar grupos de família, amigos, entidades e organizações em todos os níveis.
E que isso foi feito de forma profissional, porque atualmente existe tecnologia para transformar a interatividade em algo robótico e perfeitamente controlado.
Não é atoa que o nome da mensagem curta se chamava torpedo e depois "disparo em massa". É porque ocorre tão rápido que atinge o "alvo", as pessoas, como um tiro. Uma bala!
Como foi usado eleitoralmente tanto por um lado como pelo outro, o da derrota, tem aproveitado para cobrar. E sabem como. A pauta está viva na mídia.
Há, até um processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), adormecendo para ser "acordado" quando necessário sobre as mensagens falsas.
Pergunta
Mas, em meio a isso tudo, fica a pergunta: o povo, a classe média, o funcionário público, o comerciante, o empresário, o industrial e você que está lendo essa viagem aqui, votaram porque acreditaram nisso?
Se sim, significa dizer que o whatsapp conseguiu ajudar na eleição do presidente e, agora o Telegram, pode derrubá-lo com o que tem revelado o site The Intercept.
Bom! Para acreditar nisso tem que ser um fervoroso eleitor da oposição. De preferência petista, ou no mínimo eleitor do Ciro, mas também das outras correntes políticas querendo tirar uma casquinha.
Jornalistas
O The Intercept, formado por um grupo de jornalistas investigativos, tem levantando suspeita sobre a imparcialidade do juiz Sérgio Moro.
Há quem considere, que isso compõe um grande volume de fatos que podem se tornar correlatos e, também comprometer a estabilidade do governo e quem sabe até, derrubá-lo. Ufa!
Deu trabalho pensar isso. Tive que ouvir e assistir cada teórico e, também, fontes que se consideravam tão inteligentes quanto os colegas que contaram isso antes nos grandes veículos de mídia.
Mas, por que falar disse aqui também?
É porque estou preocupado.
E me pergunto: a democracia que custou tanto sangue, suor e luta pode se esvair com o click?
Agora a "bomba" está para você que ficou lendo até agora.
Fui...
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