Bolsonaro na época em que vivia feliz ao lado de Bivar
que lhe abriu às portas para ser candidato à presidência.
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A espontaneidade com que fala o presidente Jair Messias Bolsonaro volta a colocá-lo em mais uma enrascada política. Desta vez com o seu partido o PSL.
Diante do pedido de um apoiador, um jovem do Recife, que tenta gravar um vídeo para sua suposta campanha, ouve a surpreendente orientação: "esquece o PSL", num breve cochicho com o rapaz.
O rapaz parece não acreditar ou não entender no que ouve e continua empolgado, olhando para a câmara de seu celular e dizendo que está com Luciano Bivar, presidente Nacional do PSL, e também ao lado do chefe da nação.
Nessa hora, o próprio presidente JMB emenda: "Ô, cara! Não divulga isso não. O cara o Bivar tá queimado pra caramba", afirma o presidente em tom baixo e atípico ao seu estilo, mas o som é nítido.
Uma mulher que também parece está com o rapaz concorda com a orientação e diz que vai apagar. Logo em seguida o apoiador do presidente também se compromete em não divulgar.
Cochicho ocorreu no portão
do Palácio da Alvorada
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Porém, uma transmissão ao vivo de outro apoiador mostrou toda a conversa. Uma voz que parece ser do autor dá transmissão reage sorrindo a postura do presidente e sua sinceridade sobre o correlegionário.
Fim
Se existiam dúvidas sobre a futura e quase certa saída do partido, desta vez ficou claro que o presidente não confia no seu comando.
Ou seja, segurança política para permanecer, somente se assumir a direção nacional por meio de alguém de confiança. Uma alternativa poderia ser o filho Flávio Bolsonaro (PSL/RJ), mas ele está batendo cabeça com Major Olímpio (PSL/SP).
Flávio é contra a CPI da Lava Toga, que pode investigar ministros do STF, e Olímpio é inteiramente favorável, pois afinal foi com esse discurso que o Presidente da República se elegeu.
A postura é quase um "favorzão" ao ministro Dias Toffoli, que aniquilou o poder de mobilidade do Coaf e do próprio Gilmar Mendes que suspendeu processos envolvendo a quebra de sigilo de Flávio no caso da "Rachadinha", que envolvia também o seu ex- assessor Fabrício Queiroz.
A rachadinha da Assembleia do Rio, que rachou o PSL foi descoberta no ano passado, quando Flávio ainda era deputado estadual e antes da posse no Senado Federal. O que parecia algo simples se arrasta como corrente na sobra do senador.
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