O esplendor do Jardim Botânico da Usina Santa Terezinha, em Água Preta, Pernambuco, vai ficar ainda maior quando a artista visual alagoana, Vera Gamma, mostrar sua performance "Caminhantes Invisíveis".
A apresentação integra o programa da 5° safra do Festival Arte na Usina, que mistura música, oficinas artísticas e técnicas. Mas, que vai além e proporciona uma experiência sensorial que envolve os novos sentimentos transformadores do lugar que um dia produziu lucro, mas que agora estimula sonhos ainda mais valiosos
Quando o sol estiver se pondo, nesta quinta-feira às 17h, ela vai ocupar a - Casa Imaginária - criada pelo artista Ricardo Pessoa, com uma representação visual que teve a curadoria do experiente artista, Rogério Gomes. A direção de arte e fotografia será da @galeriagamma
Vera será a primeira artista alagoana a entrar na programação oficial ela quer interagir com o lugar e manter a energia sensorial que envolve os visitantes. Foi a própria vera quem escolheu o ponto exato da apresentação depois de estudar detalhes da ambientação que será possível montar.
Sem perceber ela vai nos reanexar a Mata Sul Pernambucana, com o que temos de melhor: a sensibilidade. Ao pisar naquelas terras recomporá o mapa que separou os dois estados que tanto têm em comum.
O trabalho que também tem natureza sensorial vai saltar aos olhos num misto de natureza e beleza interpretativa, representada. Ao vento, ao cair da luz com o cheiro da terra, ela vai partir do real para o imaginário.
Segundo Rogério Gomes: "Tal como nas histórias que aprendemos a ouvir, nosso subconsciente, instigante viajante a nos acompanhar sem tréguas, descreve incontáveis persistentes relatos. Quando somados atribui sentido à vida. Não sabemos a extensão dessa dimensão fantástica, ela vai surgindo ao longo do percurso paulatinamente devolvido onde a vertigem de telhes leva-nos a uma abrangente simbologia na qual a concisão e a rapidez do passar dos dias é acompanhada caso o permitamos do tom encantatório das fábulas sem deixar que se perca a realidade subjacente a cada ato, atitude ou decisão do momento presente", descreveu o mestre.
Vai caber a Vera recuperar esses sentimentos, com imagens, representação e, principalmente, interpretação da ancestralidade. Talvez aquela que seja a nossa herança que esteve perdida, mas nunca deixou de existir.
Foto: Andréia Rêgo Barros |
Em meio a semana de sua preparação para o grande momento ela mandou um recado exclusivo para o blog.
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