segunda-feira, novembro 11, 2019

Arte na Usina oferece shows, oficinas e experiência sensorial




Água Preta (PE) - Os moradores da Usina Santa Terezinha, na mata sul pernambucana, já vivem a agitação que envolve a 5° safra do Festival Usina de Arte, com o tema "A arte conecta". Localizada em Água Preta, na divisa com a cidade alagoana de Campestre, a região que teve seu apogeu econômico quando moía cana e produzia álcool, há 18 anos atrás, agora, vibra com os efeitos da arte que transforma a alma e fomenta a economia criativa.



Agora a transformação que ocorre é por meio da arte, do envolvimento com o meio ambiente e da geração de negócios e serviços. Com oficiantes técnicas e profissionalizantes, promovida por nomes como o estilista Ronaldo Fragra e artistas plásticos, jovens e famílias inteiras têm garantido renda.



No último final de semana, na sexta-feira (8), foi aberta a 5°edição com a presença de Elba Ramalho, que substituiu o pernambucano Alceu Valença. Com um show recheado por clássicos a cantora colocou a multidão que prestigiou o evento para dançar. Os shows ocorrem em um parque na área urbana da usina sempre num clima de paz e integração.




No sábado (9), foi a vez do jazz de Amaro Freitas - Racif subir ao palco numa mistura vibrante e experimental que agitou o público, mesmo com a chuva leve que veio refrescar à noite.



Em seguida foi o Dj Dolores e sua banda com vocal da 2° colocada no The Voice, Érica Natuza agitarem o público com uma mistura de música eletrônica e um swingue tipicamente brasileiro com sotaque pernambucano. Recém chegados de uma turnê na China o show mexeu com o público formado por famílias inteiras que celebravam em clima de descontração.



Sensorial

Mas, os shows são parte de um trabalho que toma conta da cidade durante todo ano. Junto com o evento ocorre em paralelo oficinas artísticas e técnicas para formar novos empreendedores. Segundo os idealizadores do evento a usina não vai mais transformar cana, mas sim ideias em arte e negócios.





São investimentos como o Pesque e Pague, a loja e produção de roupas da marca Bicho do Vau, restaurantes, aluguel de bicicletas, camping e até criação da Rádio Catimbó FM.




Os visitantes contam ainda com o aluguel de casas ou até mesmo de quartos que são cuidadosamente pelos moradores. Esse modelo de hospedagem é barato para quem chega e importante para a renda de quem recebe.

Tudo acontece no entorno dos 30 hectares que além de tudo isso oferece uma experiência sensorial para os visitantes. O Jardim Botânico a cada ano tem novidades para serem mostradas. Seja pelas obras de arte que se espalham pelo local, ou a beleza do paisagismo delicadamente construído nos mínimos detalhes como a construção de lagos artificiais.


O passeio é todo feito a pé, mas o visitante pode, se tiver ainda mais disposição, alugar por R$ 5,00 uma bicicleta e sair curtindo a natureza. Não é toa que tanta gente, em excursões orientadas por arte educadores estão encantados com o cenário que inclui até uma locomotiva exposta no jardim da casa grande.



Ela também reserva obras de Francisco Brennand e obras feitas com o reaproveitamento de madeira, devidamente tratada, que se transformam em bancos e peças que mexem com a imaginação. De repente no meio do lago surge uma gigantesca cabeça que ajuda a manter a beleza do lugar.


Mas, o principal é o contato com a natureza. No processo de reflorestamento de espécies nativas e decorativas, muitas aves já podem ser vistas e com um pouco de sorte e habilidade podem ser
fotografadas.



O que ainda vai rolar

Na quinta-feira (14), a programação cultural vai ter o forrozeiro nordestino Santana e artista alagoana Vera Gama vai fazer uma performance às 17 horas, na Casa Imaginária,  no Jardim Botânico. De forma muito natural o festival tem reaproximado os dois estados que um dia foram um só.




A noite de sexta-feira será uma das mais especiais porque o convidado é o ex-Titãs, Arnaldo Antunes, que tem carreira solo consolidada com composições que misturam poesia e filosofia.


Mariana Xavier - Divulgação
O pernambucano Almério volta ao palco do festival com suas poesia e reflexões sobre a vida misturadas com uma incrível presença no palco, que ano passado encantou a todos.


Depois será a  vez de Mariana Aydar também mostrar seu trabalho e encantar o público com mais poesia.

A diversidade artística e cultural formam uma mistura incrível que dá a oportunidade de forma gratuita de todas as pessoas da região de conhecerem o que está rolando na região e no Brasil.

O visitante não vai encontrar luxo, mas sim uma convivência com pessoas simples, educadas, acolhedoras e um clima de amizade difícil de encontrar nos grandes centros. É a chance de recarregar as baterias para encarar os desafios da vida.


Apoio
Com o apoio de órgãos como Sebrae, Globo Nordeste, Consulado da Áustria e até da prefeitura de Recife, o evento é articulado por Bruna Pessoa e o seu marido e artista plástico Ricardo Pessoa já entrou para o calendário artístico do Nordeste. De acordo com os organizadores desde sua criação até o momento já impactou mais de 5 mil pessoas e continua crescendo.



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Mais: assista o vídeo que explicou o projeto há três anos atrás




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