quinta-feira, setembro 16, 2010

Jornalista erra comentário e precisa provar que é torcedora do Timão

Diálogos produtivos pouco antes da redação, só para quebrar o clima pesado de ter que trabalhar no feriado.

Vencer não foi apenas a única conquista do Corinthians, diante do Fluminense. Pior que isso foi ver uma torcedora errar no comentário contra a derrota do Botafogo para o Góias, sugerindo que teria sido para o Palmeiras. O episódio aconteceu há pouco dentro da redação plantonista no feriado.

Antes, Fátima Almeida, - pronto falei!- fez referência a proximidade do Botafogo, na tabela, que estava distante apenas quatro pontos do Timão. Conforme percebeu, o alvinegro estava fungando em seu "cangote".

"E a pressão que agente aguentou no segundo tempo. Não tem história de juiz ajudando, não!", gritou Fátima respondendo a provocação do botafoguense, Gilberto Farias, dando uma pausa na tirção de onda com a Fernandinha.

Caladinho e satisfeito com o poder de sua provocação, como só ele fica, Giba deu a  farpada e se mandou. 

-Tossindo foi embora!

Depois a Fátima ainda teve que relembrar para a Fernandinha, que era sim, tordora do Corinthians.

"E desde criancinha, viu! Pode acrescentar aí. Eu não sei quando me tornei torcedora. Só sei que nas minhas fotos da adolescência, eu já aparecia segurando uma toalha com o escudo do Corinthians", esbravejou Fátima promentendo trazer as fotos com a tal prova de sua fidelidade, antiga, ao Timão.

O Lelo só entrou na roda para tirar onda comigo por conta da varada do Goías. Quanto a acusação de que foi ele o autor de mais um cartaz bobo, com frases contra o alvinegro, Lelo tentou mostrar superioridade futebolística. "Vc acha que eu, um cara que acompanho todas as resenhas iria cometer um falha dessa", disse o jornalista Xique e Baratinho.

Nesse momento a Fátima, que já tinha voltado a escrever, se voltou para mim e disse: "Pior que fui eu quem sugeriu que foi o Felipão", disse. "Isso só comprova que foi uma pessoa que entende menos do que eu", acrescentou Fátima acreditando ter salvo o Lelo e fechando a discussão.

 "Eles (Flamengo) estão felizes porque ganharam, ontem à noite, e já estão dizendo que irão para a Libertadores", dizia ´Fátima entre risos.

Bom e eu! Eu fiquei na minha não me deixavam falar, por isso optei por escrever. Mas fui quem iniciou o produtivo debate ao chegar e ficar, intimamente puto, com um pequeno cartaz colado na tela de meu computador.

E o final?  Bom!  O final foi a Fátima cantando o hino do Corinthians. Agora pososso afirmar: Fátima é corintiana. Já sabe até cantar o hino. Segundo o Lelo, afinada.




terça-feira, setembro 14, 2010

Ousadia interativa na tv


Ousadia na tv. A equipe do Canal Esporte Interativo ousa mais uma vez. Nesta segunda-feira eles gravaram um programa que é o piloto do que vai rolar na quinta-feira, dia fixo da nova proposta. A idéia é interagir ainda mais com o torcedor.

O legal da proposta é que os erros foram acontecendo ao vivo e numa boa. Foram várias as vezes que os gols foram chamados e não entraram. Nestes momentos, sem cerimônias os apresentadores explicavam que fazia parte porque, afinal o programa era um piloto.

Como sempre os apresentadores mantiveram o bom humor e continuaram. Como a linha do programa inclui a leitura do torcedor sobre os principais jogos, creio que será um sucesso.

Câmera na mão e um pergunta na cabeça. É essa a fórmula. E o melhor com pouca edição. O restante é a dinâmica da partida que se encarrega de fazer. A cada lance o humor dos torcedores se altera de modo bipolar, ou diria futebolar.

O Programa do Torcedor já pegou. Até eles pegam vídeos gravados pelos torcedores. Clck e veja o Botafogo contra o São Paulo.

Para completar criaram a repórter da galera, nada menos que Vanessa Tavares com perguntas indiscretas para o jogador. "Quando chega em casa tem comemoração em casa??" "Quando tem bola fora em campo, tem bola fora em casa?"

Só esse quadro que tem que melhorar. Soou meio falso e cansativo. Sem falar que algumas vezes ela levou foras e até se ofereceu para alguns jogadores.

segunda-feira, setembro 13, 2010

Alagoas: paraíso das águas ou das armas?



Que o crime não compensa todo mundo sabe. Mas, em Alagoas, essa regra é diferente. Além de compensar financeiramente, aliado a impunidade ele se torna algo banal e até lucrativo para os pistoleiros.

É comum adversários políticos sentenciarem a morte seus adversários. Em todo processo eleitoral, com uma margem de erro de dois anos para mais ou para menos, algum político morre ou manda matar.

No último dia 20 de agosto, o vereador Genival Barbosa da Silva, 50, foi executado em via pública na cidade de Roteiro, interior do Estado. Agora foi divulgado o vídeo do crime, feito por câmeras instaladas na cidade. Por elas é possível ver o roteiro da morte. Ao ver o assassino ele tenta correr, mas não escapa das balas. Foi atingido três vezes diante de dezenas de pessoas que transitavam pelo local.

A execução à queima-roupa foi flagrada por câmeras de segurança instaladas em pontos estratégicos. As cenas são fortes, mas ajudam a entender como é o DNA político da minha terra. Aqui não existem balas perdidas, porque todas têm direção.

Ninguém sabe até quando. Desde que me entendo por gente é assim. O mais grave é que mesmo diante das cenas e da brutalidade registrada, nenhuma autoridade constituída se pronunciou. Acreditem, ninguém falou publicamente sobre o episódio. Minha dúvida é saber se o silêncio é medo ou omissão?

AH! Antes que me esqueça, a vítima,em 2006, foi acusado de ser um dos mentores de uma chacina em que foram mortos quatro pessoas, entre elas o prefeito da cidade Edvaldo Santos Ribeiro. Por conta do crime chegou a ser preso, mas foi solto meses depois.

Diante disso começo a discordar da frase que diz que somo o "paraíso das águas" e sim o paraíso das armas.

Obs. Desculpem-me os seguidores deste blog. Desde o início minha proposta era outra. Porém, se me calar ficarei igual aos omissos que ocupam funções públicas e enriquecem em detrimento da miséria da maioria.

domingo, setembro 12, 2010

Os camelos eleitorais





O guia eleitoral é um programa muito interessante.Mostra quem somos e ainda assim nos envergonham. Aquilo ali somos o que somos. Cada um daqueles, de algum modo, quando somados, representa a identidade do povo brasileiro e, também, do alagoano.






O esporte é uma prática comum no oriente médio.Porém, pode se adaptar perfeitamente ao Brasil. Aqui, por sugestão, indico que ao invés de camelos usemos burros ou jegues.


Os saltadores poderiam ser os políticos. Os animais, numa representação simbólica, seriam os eleitores. Principalmente os que votam nulo, em branco e vendem votos. A classe média seria convidada especial.


Creio que assim conseguiríamos deixar claro o que está em jogo no processo eleitoral. Há os que nos saltam e os de nós que preferem ser os que ficam por baixo.


Depois de anos praticando a modalidade, um dia nós os debaixo,poderemos descobrir que também somos capazes de saltar. Quando todos aprenderem vai faltar quem deveria ficar em baixo. Aí, por aclamação indicaremos os políticos, dando preferência aos fichas sujas.



quinta-feira, setembro 09, 2010

Por quê o rádio?


Descobri que deveria fazer jornalismo quando vi pela primeira vez uma reportagem do jornalista Caco Barcelos. Era sobre os desabrigados das chuvas de Blumenau, nos anos 80.

A partir dali passei a acompanhar os telejornais locais e vi nomes como Ricardo Mota, Márcio Canuto, Arnaldo Ferreira e Izabel Serie fazer jornalismo com qualidade na televisão. Nos jornais me lembro de nomes como Roberto Vilanova (hoje o Bob) e Fernando Araújo.

Pouco tempo depois me tornei militante partidário de um partido de esquerda. Aí compreendi como as coisas funcionavam, ou melhor, deveriam funcionar. E descobri o quanto o bom jornalismo contribui para a evolução das pessoas.

Muito cedo despertei meu interesse pelo rádio. Ouvia o programa Manhas Brasileiras com Edécio Lopes, na Rádio Gazeta. Depois veio o Ministério do Povo, a época com França Moura. Todos esses comunicadores de algum modo sempre nortearam para mim qual o papel de uma pessoa de mídia. Aos poucos descobri que minha voz tinha um bom timbre que poderia ser boa para o rádio.

Quando fui estudar na Escola Técnica Federal (Química) me envolvi com política estudantil. O Grêmio Estudantil tinha uma rádio e foi então que empunhei um microfone pela primeira vez. Antes disso, em minha rua, um amigo meu (André Porto) conseguiu fazer um transmissor. Ao ouvir minha voz irradiada para minha casa fiquei impressionado.

Essas duas experiências mudaram minha vida. Decidi que deveria fazer comunicação, em especial o jornalismo. Adorava as transmissões esportivas, o noticiário e os programas jornalísticos.

Sempre me impressionei com a capacidade e a força da palavra. Por várias vezes espantava minha tristeza ouvindo radialistas, de FM ou AM, por causa de alguma coisa que era dita. Em nível nacional, às vezes, sintonizava a Rádio Globo, a Rádio Nacional e a Tupi, todas do Rio de Janeiro. Os caras eram bons, como até hoje. Sempre bem informados e com a capacidade de transmitir uma energia positiva que acho válida até hoje.

Sendo assim não tinha outra saída, se não fazer algo parecido, mas tentando criar meu próprio estilo. Sei que quando entro no ar chego na casa das pessoas que estão tristes. Por isso acho que temos a obrigação de chegar com algo bom, ou sugerindo soluções possíveis.

Quanto ao meu empenho para recuperar viciados em drogas e famílias destroçadas, isso nasceu de minha experiência pessoal e profissional. Vi pessoas próximas passarem por maus bocados e personagens de matérias sucumbirem em meio ao vício.

Optei pela fé na vida. Sobrevivi!

quinta-feira, setembro 02, 2010

O fim??

Gostei muito da repercussão do último post. Tanto no twitter ou até por e-mail, muitos colegas de profissão se posicionaram sobre o fim do Jornal do Brasil. É uma triste realidade.

Diante disso:
será que estamos vivendo somente o fim do Jornal do Brasil
ou o fim dos jornais do Brasil?

terça-feira, agosto 31, 2010


Quando era estudante de jornalismo, há treze anos atrás, ouvi um professor dizer em sala que a "Revolução Digital" colocaria em risco as edições impressas. Isso valia tanto para jornais quanto para revistas. Me lembro que o mestre Edson Falcão, professor de Impresso I, dizia que isso iria demorar muito para acontecer. "Algo em torno de 50 anos talvez", especulava.


Mas, o tempo foi mais rápido. Como tudo depois do computador. A primeira vítima da dita revolução é o Jornal do Brasil que sobreviveu por 119 anos. Ironicamente o JB foi primeiro dos impressos a ter uma edição inteiramente digital ( O JB On Line). Nos anos 90 o jornal chegou a circular com 260 mil exemplares aos domingos. Atualmente, circulava com 30 mil exemplares, mas já não tinha suas edições auditadas oficialmente.

Hoje, dia 31 de agosto de 2010 circulou a última edição impressa do velho Jornal do Brasil. O veículo que entrou para a história como o que mais enfrentou a ditadura militar existirá apenas no mundo virtual, ou em tempo real. Só que na real, enquanto algo tocável sumirá. É do JB a capa mais contundente contra a edição do Ato Institucional nº 5 que sensurou a imprensa. O Seu editor a época, jornalista Alberto Dines, teve a coragem de publicar uma mancha negra no lugar da foto e colocar a previsão do tempo com um texto enfocando o mal tempo, numa referência aos militares.

E agora?

Será que essa vai ser uma tendência dos demais? Como no jornalismo, nada se cria e tudo se copia, é possível que outros grandes, médios e, principalmente, os pequenos veículos também sucumbam a nova tecnologia.

Depois de ter sido aluno, também tive a chance de ser professor. Já abandonei as salas de aula há quatro anos, mas mesmo antes meus ex-alunos já não mantinham relações com os jornais.

Creio que muito além do problema financeiro que cerca as empresas, é a cultura que mudou. As pessoas estão sendo muito mais seduzidas pelas novas tecnologias. Hoje é possível ler um jornal pelo celular, note e netbooks. Ninguém quer mais sujar as mãos ou andar com papel embaixo do braço.

Em minha vida ainda coleciono matérias escritas. Como ainda trabalho em jornal, faz parte da minha realidade. Mesmo assim, depois de um ano, normalmente nas limpezas de fim de ano, parte de meus arquivos vão parar no lixo, ou nas mãos de algum catador.

Pois é, até comigo que vivo de papel impresso ele, aos poucos vem se tornando um peso. Que fenômeno é esse.

Uma de minhas filhas, a de três anos, adora ficar diante do computador. Não sabe ler, nem escrever, mas já tem uma postura correta de sentar diante da máquina. Mexe no mouse, bate nas teclas e fica vidrada na tela. Para ela é tão natural como se alimentar. Vendo sua evolução percebo que já não crescerá com o hábito de tocar no papel. Aliás, só o faz para cumprir tarefas da escola. Além disso, simplesmente não se interessa, nem pelas fotos.

Enfim, a revolução que falavam para mim no passado está diante de meus olhos. Estou inserido nela sem me sentir revolucionário. Sou mais um, talvez o menos empolgado, mas tão dependente quanto todos os outros "revolucionários" ou diria: consumidores. 

sexta-feira, agosto 27, 2010

Com a bola toda

Picadinho era como eu chamava esse movimento de controle da bola com o pé. No sul é conhecido como embaixada, mas na prática é uma demonstração explícida de habilidade. Como falo muito de futebol, tem uns malas que não acreditam em minha vocação natural para a pelota. Por isso, em tempos de pouco ócio para escrever, que tal falar e provar mais essa besteira. Em pleno o Centro de Maceió, durante a Copa do Mundo, surpreendi esse camelô ao fazer essa gracinha aí. A foto é de Ricardo Lêdo.


segunda-feira, agosto 23, 2010

Bota vence Avaí e surfa no G-4


O time do Botafogo está de bem com a vida. Depois de vencer o Avaí (SC), por 1x0, o clube ocupa a 3º posição do Brasileirão 2010 e já está no G-4 a duas rodadas. O técnico Joel Santa, ou Papai Joel, como é chamado carinhosamente pela torcida, tem conseguido fazer os botaguenses sonharem com um ano diferente.

Habilidoso e conhecedor do elenco, Joel não hesitou nem em deixar o El Loco Abreu ( camisa 13) no banco. Mesmo depois de sua participação na Copa do Mundo, Joel preferiu se garantir com o time que conhecia. Isso é que é personalidade.

No sábado, contra o Avaí no Engenhão, o Botafogo foi pra cima do adversário em busca de fazer o resultado. O Avaí, até entrar em campo, ocupava a 3º colocação. Mas, perdeu a posição depois que o zagueiro Fábio Ferreira, marcou de cabeça, ainda no primeiro tempo.

Depois continuou pressionando, mas a boa defesa catarinense conseguiu barrar o ataque. Jobson, que não fez uma boa atuação, teve boas chances. Herrera, muito marcado, não conseguiu ficar cara a cara com o goleiro. Já Marcelo Cordeiro, pelo menos por duas vezes, chegou bem mas pecou na hora de finalizar.

El Loco Abreu entrou no segundo tempo. Faltavam menos de 10 minutos. Inseguro recebeu uma boa de Jobson, na entrada da área - pela direita- mas preferiu ajeitar para trás. Na chegada Cordeiro chutou para o alto.

O mais importante é que Joel, mesmo precisando garantir a vitória, manteve a ofensividade. Teve coragem de colocar El Loco e Edno para tentar ampliar o placar. Mesmo sem conseguir o segundo gol o time jogou como tem que ser, pra frente.

Na defesa Jefferson e Cia deram conta. Preocupação mesmo somente com Somália. O jogador continua se atrapalhando muito na hora de defender, além de demonstrar cansaço em vários momentos.

domingo, agosto 22, 2010

Rádio alagoano fica mais triste: morre o comentarista Arnaldo Carneiro

A Crônica Esportiva de Alagoas está de luto. Nas primeiras horas deste domingo (22), o radialista Arnaldo Carneiro, que exercia a função de comentarista da Rádio Difusora de Alagoas, sofreu um infarto fulminante e faleceu no hospital Unimed, em Maceió.

Segundo informações, Arnaldo Carneiro deu entrada no hospital Unimed por volta das 04h15 e ainda chegou a ser atendido pela equipe médica, mas não resistiu e veio a óbito minutos depois. Arnaldo ainda lutou para sobreviver, ao ponto de conduzir veículo da sua residência no Graciliano Ramos, até o hospital Unimed, para tentar receber atendimento, mas lamentavelmente veio a falecer.

O último trabalho de Arnaldo Carneiro foi realizado na última quinta-feira (19), na derrota do CRB para o Botafogo-PB, por 2 a 1, no Estádio Rei Pelé. Além de radialista, Carneiro também assumia um cargo de assessoria no Tribunal de Contas de Alagoas.

Texto extraído do site http://www.malandrinho.com.br/
Foto Ivaldo Fragoso

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Arnaldo Carneiro era um dos companheiros de imprensa mais hábeis com o microfone. Esse talento, associado a forma fácil com que comentava por várias vezes o colocou a serviço de emissoras fora do Estado.

A equipe da Rádio Difusora/IZP perde um grande profissional e o rádio alagoano um grande caráter. Carneiro era uma figura do bem. Sempre com um sorriso no rosto, até na hora de criticar era elegante. Sempre com uma palavra amiga era conhecido por sua capacidade de agregar, algo raro no meio radiofônico.

Fica o exemplo de um grande profissional que durante sua passagem entre nós só semeou o bem. Guardarei dele boas lembranças, principalmente, porque quando tive a chance de comentar futebol sempre que necessário recorria a sua experiência para trocar informações. Um dia, por força do destino tive na função de professor no Curso Rádio, mas devo admitir que aprendi mais com ele.

Siga em paz companheiro. E lá de cima continue olhando por nós.

Grande abraço e boa viagem!


segunda-feira, agosto 16, 2010

Emoção que não tem preço



Foto Fernanda Calheiros - Ascom Fits

Para quem ainda não sentiu a emoção de ajudar alguém, vai ser difícil entender o que vou relatar. Mas como estou na Rádio Jornal (Programa Cidadania - AM 710)

Na semana passada (terça-10) vivi um sentimento muito legal, depois de contribuir para a localização de uma jovem - Jullyani, que estava desaparecida.

Seus pais chegaram a emissora completamente abalados com a foto da filha nas mãos. Rapidamente o companheiro, jornalista Miguel Torres, percebeu a importância do problema e de como poderíamos ajudar.

Depois de fazer a abertura tradicional do programa iniciamos a apresentação da história. A jovem, que sofre da Síndrome do Pânico, havia desaparecido ao deixar a academia onde malha com a mãe. Só que ao invés de ir para casa, sumiu.

Conforme relato de sua própria mãe, ela, de vez enquando, sofre um "branco" na mente e simplesmente sai andando. Desta forma, acreditava que a filha tinha saído caminhando sem rumo para lugar ignorado.

A partir daí ficamos, por meia hora extraindo mais detalhes. Já faziam 24horas do desaparecimento. Como o rádio não tem imagem, tive que insistir nas caracterísicas da jovem e de como estava vestida. Mesmo diante da dor da mãe, tinha que explorar ao máximo, detalhes do comportamento e hábitos da filha.

Aí, para finalizar, comecei a apelar para a nossa audiência, enfatizando as características e convocando as pessoas a perceberem se haviam encontrado alguém assim.

Foi aí que surge uma ligação, José Edmilson - que preside dos Conselhos Tutelares. Ele estava na escuta do programa e entrou ao vivo. Conforme seu relato, na noite anterior, havia recebido a ligação de um conselheiro - José Edson- da cidade de Flexeiras, dando conta da aparição de uma jovem com aquelas características.

Não preciso dizer que os olhos arderam, as pernas tremeram e a voz embargou. Era ela! Rapidamente tentei me recompor e pedi que repassasse o contato com o conselheiro da cidade. Assim que nossa produção, o radialista Moreira da Silva, ligou o conselheiro da cidade confirmou a história. Era Jullyani que estava por lá.

Sua mãe e o pai não se controlavam de emoção. A esta altura uma equipe de O Jornal (a repórter fotográfica Ivette Moura e a repórter Mônica Lima) já estavam no estúdio para apurar o caso.

Voltando ao caso, ainda transtornada a estudante fora medicada, mas estava bem. Segundo os indícios caminhou das 9h30 minutos de terça-feira até à noite do mesmo dia por aproximadamente 130km, sem que nada de mal lhe fosse registrado. O que dizer? Foi Deus!!

Os pais começaram a nos agradecer, mas lhes expliquei que fui apenas um instrumento naquele momento. A filha deles havia sido protegida por seus anjos. Desde esse dia, se já amava o rádio por conta de tudo que representa, agora, o respeito ainda mais.

Quanto a minha passagem pelo programa ela tem prazo para terminar, dia 3 de Outubro. Mas esse fato carregarei para o resto da vida, como parte de um processo de transformação pessoal que comecei a vivenciar desde o nascimento de minha filha Lorena.

segunda-feira, agosto 02, 2010

Se liguem!!

Alô galera do blog!

Desculpem a ausência momentânea. É por um bom motivo. Há uma semana assumi o comando do programa Cidadania, na Rádio Jornal AM. Estou substituindo o titular, o radialista França Moura, afastado porque disputa uma vaga no legislativo local.

Aos que quiserem acompanhar o programa começa às 8h e só termina às 13h. Penso, nos próximos dois meses fazer um programa com blogueiros. Mas ainda está em gestação.

O link para ouvir e assistir o vídeo é:

http://www.ojornalweb.com/am710/ao-vivo/

Caso tenham dificuldade os endereços originais que retransmitem áudio e imagem são: http://www.ojornalweb.com/ e http://www.qualquerinstante.com.br/
Tem chat para participar. Se entrarem lembrem que são os autores do blog, ok!?

Abração!

segunda-feira, julho 26, 2010

É isso aí Mano! Só chamou os manos mesmo, tá ligado!

Pra esquecer a tristeza da derrota na Copa 2010 a cúpula do futebol brasileiro (CFB) providencio o fim da tristeza. Com técnico, a seleção precisa continuar. Mas de um jeito diferente, coisa de irmão, ou melhor, de Mano

O ex-técnico do Timão (Corinthians) convocou Jefferson do Botafogo o mais novo goleiro convocado para Seleção Brasileira.

Já era sem tempo. Isso tinha que acontecer. Os botafoguenses já sabiam que o nosso goleiro poderia vestir a amarelinha.

O treinador optou pela lista popular e convocou a garotada do Santos: Neymar, Ganso e Robinho. Mano fez o óbvio, o que a Galera da CBF queria, que era um time jovem.

O restante manos do Mano são: Alexandre Pato - Milan, André - Santos ,  André Santos - Fenerbahçe, Carlos Eduardo - Hoffenhein, Daniel Alves - Barcelona, David Luís - Benfica,  Diego Tardelli - Atlético Mineiro, Ederson - Lyon,  Henrique - Racing Santander , Hernanes - São Paulo, Jucilei - Corinthians, Lucas - Liverpool, Marcelo - Real Madrid, Rafael - Manchester United, Ramires - Benfica, Renan - Avaí, Rever - Atlético Mineiro, Sandro - Internacional, Thiago Silva - Milan,  Victor - Grêmio

quinta-feira, julho 22, 2010

Pra quem gosta do besouro uma dica é acompanhar o Planeta Fusca

O Fusca foi o primeiro carro que meu pai teve. Foi nele que aprendi a dirigir e rodar pela cidade. A saudade do nosso azulzinho sempre bate quando vejo os posts do Planeta Fusca.

Se és como eu e também curte o besouro dá uma passada lá. mais...

Suposto desvio é uma (des) Graça que nos faz andar para trás

A descoberta de que três integrantes do Corpo de Bombeiros, podem estar envolvidos no desvio de donativos, doados para as vítimas das enchentes, espantou o Brasil. Mas, não os alagoanos. E por uma questão simples: todos sabemos que por aqui tem sempre o risco de algum desvio.

É assim com recursos públicos. Em vários níveis administrativos e políticos tem sempre alguém se achando mais experto que os outros. 

Por esta razão não será surpresa se o fim das investigações apontar a participação de um ou mais políticos no episódio.

Isso é mais uma vez também não será surpresa. Justamente porque, mais uma vez nas várias esferas administrativas, policiais, jurídicas e até policiais, existem as chamadas "ligações perigosas".

E o pior é que o alagoano, até os que não concordam, em sua maioria passou a aceitar isso como normal. Ainda bem que tem uma minoria, na qual também me incluo, que não acha. Mas o que fazer para mudar isso?

Como aceitamos as regras do jogo, e ele passa pelo campo eleitoral, então é o voto que muda. Por outro lado o voto não existe como ser vivo, independente de uma ação individual. É sua /nossa posição, seu crédito de confiança em alguém, ou grupos, que determina o acontecerá depois.

Saibam que os políticos, que costumam colocar os pobres como seus empregados, é que são os empregados. O patrão deles somos nós. 

Claro que sei que não é só com uma eleição que mudaremos isso. Até porque creio que a crise que elegeu essas figuras e outras que estão na fila, é antes de tudo ética. E aí a coisa é mais séria. Justamente porque a maioria não sabe o sentido desta palavra.

E o pior, quem sabe não explica, ou finge que não conhece, só para ser antiético. Incrível não!.

Não gostaria que fosse assim. Mas parece que a frase do Graciliano Ramos sobre os caranguejos alagoanos é verdadeira.

Certa vez, ao receber uma caixa com caranguejos-presente de um coterráneo- em seu escritório, deparou-se com sua secretária num canto de sala assustada. Os bichos faziam um barulho danado e alguns tentavam escapar pelas frestas. Eis que entrou o mestre Graça e disparou: 

"Não se preocupe. São caranguejos alagoanos, quando um tá subindo o outro vai e puxa".

domingo, julho 18, 2010

Atleta passa mal após choque em campo e é socorrido por amadores


Há duas semanas a partida entre Fortaleza e CRB foi suspensa por falta de ambulância com desfribrilador. A coragem do árbitro da partida, Sueldson Medeiros, foi contestada por dirigentes, jornalistas e radialistas. Mas ele estava certo.

Ontem à tarde, durante uma partida entre CRB e 7 de Setembro, um choque entre dois jogadores da categoria sub-18 deixou um desacordado. O atleta teve um afundamento na tempora (testa) e ficou passando mal.


O desespero tomou conta de torcedores e pais. Eles acionaram a ambulância do Samu que só chegou ao local 40 minutos depois. Neste período o jovem começou a recuperar a consciência, mas sem sentir as pernas. Sem saber o que fazer o jogador foi retirado de campo carregado pelos braços e pernas. A cena revelou mais um lado do desorganizado futebol alagoano. Se com a base é assim, imaginem com os profissionais.

A partida estava sendo realizada sem a presença de um médico e de ambulância. Ainda assim o árbitro da partida George Alves Feitosa deixou  a partida acontecer.

Depois do ocorrido um dos dirigentes do CRB, Miguel Morais, defendeu a suspensão do campeonato e que ele só ocorra com a presença de uma equipe médica.

Segundo o assessor da Federação Alagoana de Futebol, radialista Alberto Lima, no Estatuto do Torcedor não é prevista a presença de ambulância. "Isso deveria ser responsabilidade do clube mandante da partida", enfatizou Alberto.

Fica a pergunta: por que as soluções só surgem depois do problema ocorrido?

Crédito: Foto reprodução Walter Luis

sexta-feira, julho 16, 2010

O dia em que o Rei parou a terra


Um dia para entrar para a nossa história. O Pelé fez todos os presentes se tornarem fãs. Não teve repórter, político ou qualquer outra autoridade que não quisesse ficar a seu lado. Era um momento único. Simplesmente, ali, diante de todos nós, estava o rei, o Rei Pelé.

Com toda sua majestade e paciência ele autografou, tirou fotos e deixou a forma de seus pés no Trapichão, o templo que leva o seu nome. Sempre solícito, Pelé protagonizou lances de extrema devoção. Basta ver a cara do Marcelão (Marcelo Albuquerque - Gazeta de Alagoas), que depois de puxado pelo prefeito Cícero Almeida, conseguiu autografar sua camisa oficial da Seleção Brasileira.

Detalhe: o prefeito além chamá-lo para o palanque ainda esticou a camisa para que o rei pudesse deixar seu autógrafo. Foi um lance inesquecível, desses que vamos guardar por muito tempo em nossas mentes. Que bom que estava lá e registrei tudo de perto.

Valeu Marcelão!

Devo admitir que faltou coragem e ousadia para me atirar neste lance. Me contento com o autógrafo no livro e a coletiva. Ainda assim consegui ser capturado pelas lentes do repórter Ricardo Ledo, ali no cantinho, de boné branco.

quarta-feira, julho 14, 2010

Clássico em busca de paz

Fla e Bota marcou a volta do futebol brasileiro depois da Copa. A partida foi cercada de expectativa por causa dos fatos envolvendo o ex-goleiro Bruno do Flamengo. Seu substituto o estreante Marcelo Lomba deu conta do recado.


Do lado botafoguense a partida foi importante por ser a do retorno do atacante Jobson. O atleta havia sido afastado do futebol depois de ter sido flagrado no dopping por consumo de crack. Mais uma vez na história o alvinegro dá chance a um atleta com o estigma de problemático.


O baixinho que encantou com seu futebol de qualidade entrou no segundo tempo. O técnico Joel Santana não hesitou em colocá-lo na partida. Sem o ídolo Loco Abreu, ainda de folga depois da Copa do Mundo, Jobson entrou confiante, mas não pode alterar o resultado da partida que terminou 1x0 para nossos rivais.O gol foi marcado por Paulo Sérgio.

Não foi desta vez que o Botafogo conseguiu superar o tabu de vencer o Flamengo no Campeonato Brasileiro. Já são dez anos sem conseguir esse feito. Nem os rabiscos do Joel em sua prancheta foram suficientes para encontrar o caminho da vitória.

O lateral-direito, Léo Moura, disse ao final da partida que a partir deste momento o clube está escrevendo "uma nova história".

Alagoas mantém liderança da miséria nacional


Não bastasse a devastação das chuvas em 28 municípios alagoanos, no mês passado, o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) confirmou o que todos os alagoanos consicentes já sabem: somos o Estado mais pobre do país. 

O estudo tomou como base os anos de 1995 a 2008, uma ano apósa  vitória do presidente Luis Inácio Lula da Silva. A época governava o Estado, Ronaldo Lessa, que oito anos depois foi sucedido por seu ex-aliado Téo Vilela, atualmente no cargo.

Enquanto o estudo mostra que pouco mais de12 milhões de pessoas saíram da pobreza absoluta, em Alagoas, 56% da população continua nesta penúria. Ou seja, sobrevivem com até meio salário mínimo por mês. Esse valor mal dar para garantir alimentação.

Miseráveis

Os miseráveis de Alagoas estão espalhados pelo interior, mas uma grande parte habitam as favelas da capital. São mais de 100 ao todo, localizadas em áreas de risco e submetidas as ações do tempo. 

Na capital, os pobres costumam viver com a coleta de material para reciclagem, na construção civil, como camelôs e atividades domésticas. 

Uma parte significativa mora a beira da Lagoa Mundaú onde conseguem tirar o sururu que é vendido e também alimenta os filhos. O lugar, assim como a maioria das áreas periféricas, não tem saneamento, nem água encanada. A energia é roubada, por meio de "gatos" e a comida, em geral, é preparada com madeira recolhida pelas ruas.

Ricos

O mais incrível é que ao passo em que existe a miséria extrema, a capital é uma das que mais possui carros importados. Nas ruas os modelos chamam a atenção, assim como o forte crescimento imobiliário nas áreas nobres.

Isso indica outra constatação, a de que temos a pior distribuição de renda do país. Aqui os ricos são mais ricos, enquanto os pobres ficam cada vez mais pobres. Os que têm sorte conseguem entrar no Programa Bolsa Família e garantir mais alimentos à mesa.

A miseria alagoana é histórica. Ela tem origem ainda nos engenhos de cana, que posteriormente se transformaram em poderosas usinas. Se antes, os primeiros, escravizavam, estes últimos mantém os trabalhadores com baixos salários.

Favelas

Por isso que vivendo em condições precárias, no interior, uma parte das pessoas se desloca para a capital onde engrossam os bolsões de miséria. Mas, também, há aqueles que fugiram da seca e migram para a cidade.Aqui se tornam favelados e trabalhadores desqualificados.

Para piorar todo esse quadro, é na periferia onde está a maior parte da violência. Sem emprego, educação e condições de moradia digna, os jovens e adolescentes foram seduzidos pelo crack e o crime. Sem condições de responderem a maior violência, que é a falta de políticas públicas, eles entram para o tráfico e morrem antes mesmo da vida adulta.

A tragédia sóciopolicial se repete. Em mais um processo eleitoral serão os miseráveis quem definirão os eleitos. Boa parte da classe média também sede a tentação do dinheiro e vantagens de alguns "falsos heróis" e os elegem. 

Assim, a cada eleição, a cada ano vamos vivendo e fingindo que somos a "cidade sorriso" ou o Estado  das "mais belas praias" do país. Mas, mentira tem pernas curtas e miséria grande.


Crédito das Fotos: Fabiano Sarmento, 
Jhonathan Pino (Ufal) 
e arquivo www.alagoas24horas.com.br

terça-feira, julho 13, 2010

Em tempo de copa começam os problemas

A Copa do Nordeste, reeditada depois de anos no limbo, viveu na noite de segunda-feira um grande exemplo de desorganização. Por falta de ambulância no Estádio Rei Pelé, a partida entre CRB e Fortaleza começou com meia hora de atraso e, depois de 20 minutos de bola rolando o jogo parou novamente.

O motivo foi o mesmo, a falta da ambulância. O detalhe é que a que estava em campo e viabilizou o início da partida, teve que sair para atender a um torcedor que se feriu com um sinalizador. Aí foram mais 27 minutos de espera até que o árbitro da partida a suspendesse definitivamente.

Antes, porém, duas outras ambulâncias chegaram ao estádio, mas como não tinham desfibrilador o juiz não se sentiu seguro em reiniciar o jogo. Essa postura foi totalmente correta. O equipamento passou a ser obrigatório depois que há dois anos um atleta morreu em campo porque entre os procedimentos de socorro não constavam o equipamento que serve para reanimar pacientes em crise cardíaca.

A responsabilidade pela contratação de uma ambulância com o equipamento era do CRB, mandante da partida. A direção não quis pagar R$ 700 reais para contratar um veículo adequado e ficou dependendo da ambulância do Corpo de Bombeiros que não atendia as exigências. 

Por conta disso a partida foi adiada para a tarde desta terça-feira com portões abertos. Agora é ver se o jogo acontece. Até antes de sair para o estádio a polícia ainda não havia confirmado se mandaria efetivo para dar segurança ao jogo. 

Bom! Fica aí mais um mal exemplo de nossos dirigentes. O pior é que o país está credenciado para organizar uma Copa do Mundo.