Diante de um senado cheio, o senador Renan Calheiros, fez o seu discurso de defesa. De início o presidente de senado citou o artigo 10 da Constituição Brasileira, para afirmar que a imprensa o desrespeitou ao invadir sua privacidade.Acompanhado da esposa Verônica, Renan, dedicou boa parte de seu discurso a falar da paternidade da filha de 3 anos que tem com a jornalista Mônica Veloso. Dizendo-se constrangido o senador falou pausadamente e demonstrou emoção apenas ao se referir a família e da exposição a que eles foram submetidos. Ele classificou as denúncias como "pseudo-escândalo".
Renan apresentou documentos que faziam referência ao seu patrimônio e sua movimentação bancária, para rebater as denúncias de que suas contas eram pagas pela construtora Mendes Júnior. Segundo o senador durante todo o tempo ele assumiu suas responsabilidades pessoais, sobre a filha fora do casamento. Para isso, porém, durante um tempo utilizou-se da amizade com o lobbysta, Cláudio Gontijo, para intermediar contatos com a jornalista.
Sobre as denúncias envolvendo suas ligações com a empreiteira Gautama, o senador optou por deixar que seus colegas investiguem o seu patrimônio. Ele disse ainda que não teme nenhuma investigação.
Em um outro momento de seu discurso o senador atribuiu as denúncias a um "setor" da imprensa e aos seus adversários políticos, incluindo-se aí, os que estão em Alagoas.
Click aqui para ler a íntegra do discurso de Renan
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A repercussão do discurso do senador alagoano parece ter contido o ímpeto dos colegas, inclusive os de oposição, de apresentar denúncia no Conselho de Ética do senado. Ainda é cedo para dizer que politicamente o governo, a quem Renan, representa no senado sofrerá perdas políticas. Acredita-se, porém, que Renan não contenha o avanço da "CPI da Gautama".
Em nossa análise, Renan foi estratégico ao investir fundo na estória pessoal, para evitar mergulhar no que realmente interessa: tem ou não relação com a Gautama?
Zuleido, foi vistou ou não despachando em sua residência?
Adeilson Bezerra, ex-secretário do governo Téo, agia ou não sob o seu comando?
Fátima Palmeira o visitava ou não?
Por que seu nome aparece em algumas gravações?
Mantinha ou não relações de proximidade com os executivos da Gautama, quando colocou emendas para o Estado?
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