domingo, maio 20, 2007

Políticos corruptos são o aterro sanitário de Alagoas


(Veja a movimentação da imprensa, na porta da PF. No destaque Ricardo Mota, à sombra transmitindo o "12h10 notícias")

A nossa Alagoas voltou a mídia. Mas não foi com a melhor arte conteporânea, nem o recorde de crianças fora da escola. Voltamos a ocupar o nosso lugar de sempre. O das manchetes policiais. Desta vez, os "gabirus" não vinheram da velha "Operação Guabiru", que colocou prefeitos e secretários na cadeia por uns dias, um ano atrás.

Os neo-ratos aproveitavam-se, de relações promíscuas com a Construtura Gautama do empresário Zuleido Carvalho, da Bahia. O esquema da quadrilha envolvia políticos e secretários de Estado. Na prática consistia em ter vantagens em licitações para "morderem" verbas federais. Em troca, os corruptos nos Estados da Bahia, Alagoas, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Piaí, Maranhão e Distrito Federal, recebim milionárias gorjetas e carros importados.
Aniversário
A "Operação Navalha" aconteceu no dia de 17 de maio, mesma data da outra que não deu em nada. Desta vez as coisas podem ser diferentes para: Adeilson Bezerra (Secretário de Infra-estrutura do Estado); Márcio Fidelson Menezes (ex-secretário da Seinfra e que ocupava o cargo de Diretor do Detran); Denisson Tenório (subsecretário de Infra-estrutura e dono da Construtora DLT); José Vieira Crispim (Diretor de Obras da Seinfra); Enéas Alencastro (Lobbysta colocado por Téo para cuidar do escritório de seu governo em Brasília) e Mária de Fátima Palmeira (Diretora Comercial da Gautama, única presa em Salvador).
Todos foram pegos em escutas telefônicas onde falavam abertamente sobre como queriam e onde receberiam dinheiro para prejudicar o Estado e encherem o seus bolsos. Uma coisa mal cheirosa. Mais que o lixão, que está com seus dias contados. -Aliás, já que o governador Téo Vilela, envolvido até o pescoço, com o lobbysta Alencastro, demitiu todos do governo eles poderiam gerenciar o futuro "aterro sanitário" como operários. Desde, é claro, que o prefeito Cícero Almeida colocasse alguém os vigiando.
Sujeira
Não há como negar. A sujeira é grande e envolve pessoas ligadas ao senador Renan Calheiros (presidente do Senado), seu aliado o governador alagoano Téo Vilela. A vergonha é grande para os alagoanos de vergonha na cara. Graças à Deus esses são maioria. Me lembro quando Téo dizia ter as mãos limpas. Acho que agora estão sujas de barro ou seria cimento?
Lotação de corruptos
O embarque dos larápios do dinheiro público aconteceu num avião da PF, que veio lotado de corruptos. Por isso ficou conhecido como "lotação de bandido". Todos foram levados para Brasília. Lá podem ficar até 81 dias presos, junto com outros da mesma laia. Dividem celas com até oito pessoas, sem privacidade. Quem usar a privada tem que lavá-la, em seguida. E nada de soltar gases. Afinal, os caras são pilantras, mas foram bem educados e moravam em apartamentos de luxo, em Ponta Verde.
Truques
Alguns, que já usaram o velho truque e adoeceram. Em seguida foram atendidos pela frágil lei brasileira. Mas, há um clima de que algo será diferente. O Brasil, e nós aqui, acreditamos na competência da ministra Eliana Calmom, do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Foi ela quem autorizou as prisões da quadrilha.
Aqui em Alagoas, ainda tem ladrão para ir para a cadeia. Dizem que cinco escaparam por não estarem em seus endereços. Ao contrário dos outros, presos ao acordarem na última quinta-feira, eles dormiram em algum outros endereços luxosos.
Mas, é uma questão de tempo.
Que bom que a navalha chegou antes de mais roubos no Programa de Acelaração do Crescimento (PAC).
Quem quiser saber mais leia: www.odilonrios.zip.net ou próprio site da Polícia Federal www.dpf.gov.br
Leia abaixo, na íntegra, o texto divulgado pela PF para a imprensa
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17/05/2007
OPERAÇÃO NAVALHA COMBATE FRAUDES EM OBRAS PÚBLICAS

BRASÍLIA/DF - A Polícia Federal deflagra hoje, 17 de maio, a Operação Navalha. O objetivo da ação Policial é desarticular uma organização criminosa que atuava desviando recursos públicos federais. Cerca de 400 policiais federais estão moblizados nos Estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, São Paulo e no Distrito Federal para cumprir cerca de 40 mandados de prisão preventiva e 84 mandados de busca e apreensão, todos decretados pela Ministra Eliana Calmon do Superior Tribunal de Justiça.

Entre os presos estão diversas autoridades públicas, bem como funcionários e intermediários da Empresa Gautama, sediada em Salvador-BA, que operava uma organização criminosa infiltrada no Governo Federal, e em governos estaduais e municipais. Desde o início das investigações, em novembro de 2006, os policais federais responsáveis pela investigação constataram a atividade de uma Organização Criminosa cujo objetivo principal era a obtenção de lucros através da execução de obras públicas, organizada e estruturada para a prática de variados delitos, como fraudes em licitações, corrupção passiva e ativa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes de igual gravidade.
O esquema criminoso visava em primeiro lugar, garantir o direcionamento de verbas públicas, no âmbito federal e estadual, para obras de interesse da organização; em segundo lugar garantir a vitória em certames licitatórios de empresas por ela patrocinadas e, por fim, assegurar a liberação de pagamentos de obras superfaturadas, irregulares ou mesmo inexistentes.

No nível federal a quadrilha desviou recursos do Ministério de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades, do Planejamento, e do DNIT; no nível estadual as fraudes ocorreram nos estados de Alagoas, Maranhão, Sergipe, Piauí e ainda no Distrito Federal; já no nível municipal estavam envolvidas autoridades das de cidades Camaçari-BA e Sinop-MT.

Além das prisões e buscas, a Ministra Relatora determinou também o bloqueio de contas e a indisponibilidade dos bens imóveis dos integrantes do esquema, e que todos os presos sejam trazidos a Brasília, onde permanecerão à disposição do Juízo. Para o transporte dos presos a Polícia Federal montou um esquema, utilizando sua aeronave EMB 145 e policiais da Coordenação de Aviação Operacional e do Comando de Operações Táticas.

Toda a investigação ocorreu sob coordenação da Diretoria de Inteligência Policial, com apoio da área de inteligência da Controladoria-Geral da União, e o cumprimento dos mandados conta com reforço de policiais das diversas unidades do DPF.

Hierarquia da Organização Criminosa

A investigação da PF aponta que a Organização Criminosa era estruturada em três diferentes níveis, no primeiro deles figuram as pessoas diretamente ligadas à construtora Gautama, no segundo estão os auxiliares e intermediários, em especial aqueles responsáveis pelo pagamento das propinas, no terceiro nível aparecem autoridades públicas que, na estrutura da quadrilha, possuíam o papel de remover obstáculos à atuação delituosa do grupo. Entre os métodos utilizados pela quadrilha está o custeio de viagens de autoridades estaduais a Brasília para defender os interesse criminosos do grupo. O esquema era estruturado de maneira a garantir a atuação criminosa, independente do poder político local.

Durante as investigações, equipes policiais da Diretoria de Inteligência vigiaram os passos dos criminosos e identificaram situações em que autoridades públicas recebiam, de membros da Organização Criminosa, vultosas quantias em espécie, e em alguns casos foram também constatados recebimentos de outras vantagens, entre elas carros de luxo.

Já no início as investigações apontaram ramificações da quadrilha em vários estados e o envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro, o que implicou que os procedimentos corressem perante o Superior Tribunal de Justiça, e por determinação da Ministra Relatora, em Segredo de Justiça.
Prisões e Buscas

No total serão cumpridas 84 Buscas e mais de 40 prisões conforme a lista abaixo:
AL: 11 MBBA: 19 MBDF: 22 MBGO: 1 MBMA: 13 MBMT: 3 MBSE: 6 MBPE: 2 MBPI: 6 MB
Por: Divisão de Comunicação SocialTel.: (61) 3311-8142

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