Este texto foi retirado do Blog do Noblat
Ele relata um fato ocorrido numa eleição do passado, mas que poderia ter ocorrido nos dias de hoje. Vale observar como a política brasileira evoluiu pouco.
Por estrito interesse jornalístico divido-o com os meus cinco leitores e agradeço ao a indicação do colega Valdique.
Uma pena, já que sempre dizem por aí que nós aprendemos com os erros. Será? Penso que tem gente que nasceu para continuar errando. É a velha história do "pau que nasce torto...morre torto".
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De margem de erro à margem de lucro
No finzinho da campanha presidencial de 1989, ouvi do jornalista Jorge Bastos Moreno, então assessor do candidato a presidente Ulysses Guimarães (PMDB):
- Tenha cuidado com as pesquisas, muito cuidado. Alguns institutos usam a margem de erro como margem de lucro.
Desafio Moreno a desmentir o que me disse.
Ulysses deixara de acreditar em pesquisas desde que um importante instituto se oferecera para favorecê-lo mexendo na margem de erro.
De lá para cá tenho prestado muita atenção nas pesquisas divulgadas nos últimos 10 dias de campanha.
É a fase do ajuste.
É também a fase de reviravoltas que pareciam impossíveis.
Até perto do dia da eleição, instituto pode errar - querendo ou não. Mas precisa de pelo menos uma semana para fazer as correções de rota necessárias e tentar acertar no fim.
Porque no fim não pode errar. Não deve errar.
Quando erra, foi erro mesmo, acreditePublicado por Ricardo Noblat, jornalista e criador do Blog do Noblat
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