O polvo é um ser marinho que ao parir seus filhotes, ampara-os durante um curto espaço de tempo e só. Depois os filhotes são beijados ou lambidos, o povo decide, e o polvo deixa que eles sigam seu destino sozinho. Desde que nascem o polvo está fadado a se virar sozinho, pois fica órfão.
A Lula já tem outro comportamento. Vivem agrupadas com suas companheiras. Só se separam se for para fugirem dos predadores vorazes por invadí-las em suas víceras e vidas. Quando sobrevive continua existindo submersa. Distante dos demais.
Na vida do país e no espetáculo burguês do debate, quem não vai desagrada a classe média, que aspira os ares da burguesia. Foi o que vimos ontem na TV Bonner, apresentado pelo Willian Globo com Heloísa Alckim; Geraldo Helena e Cristóvan Lula.
Êpa! Mas o Lula não foi. Pois é! O Cristóvan também não. Ele ficou na escola, aliás um bom lugar. Justamente onde Lula foi pouco. E de onde não saiam Brizola e Darcy Ribeiro. Escola é a segunda casa. Ontem Lula optou por ficar na primeira.
Mas e daí...o que tem haver isso tudo com tudo que vai rolar domingo. De imediato nada. Mas a longo e médio prazo, nossas vidas serão invadidas pelas subidas e submergidas das Lulas e dos Polvos. Estaremos no meio de uma guerra por espaço político que pode culminar com Lula devorado, mas não pelo polvo. E sim pelos tubarões com quem tem andado ultimamente.
Nunca ouvi falar que o mais feroz deles um preto e vermelho, sobrevivente da ditadura, da espécie PMDB, que vive nas profundezas, fosse domado. Eles não se curvam a ninguém. Sabem que são soberanos no fundo do mar e no mar de lama.
E Lula não são aliados deles. Aliás fazem parte de sua cadeia alimentar. Costumam comê-las no café. Bom! Mas e o polvo? Esse fica sempre ali, parado. Não morre mas não deixa de está sempre ameaçado. Vive do que sobra dentro das bolsas lançadas no fundo dos mares poluídos. E com elas criam suas famílias.
O resto dessa aventura somente o bob esponja para contar.
Bluuff...bluuff...bluuff...!