Os rubro-negros têm o que comemorar. Não só porque o time pode sagrar-se campeão da Copa do Brasil, mas porque relembraram ao Maracanã em seus dias de festa. É bonito, mesmo pela tv ou telão, ver o eco do estádio lotado. Diga-se de passagem o Mário Filho, nome do jornalista botafoguense que morreu trabalhando lá, combina com barulho.
Os flamenguistas, que se reinvindicam a maior torcida do Brasil, eu não acredito, podem se orgulhar. Fizeram o que a maioria dos brasileiros faria. Gritariam bastanta por sua paixão. O verde do gramado só cria o clima ainda mais perfeito para espetáculo.
Eis que surge um homem rompendo o gramado e batendo forte para marcar um belo gol. O gol! E que Gol. Seu nome: Obina. Nordestino, cheio de destino, que em desatino deixou a todos os apaixonados por futebol, até os anti-flamenguistas. Quando o assunto é bola é a beleza quem fala mais alto.
A rede balançando pareceia as mãos do maestro que regia a torcida. Obina correndo parece querer deixar para trás o passado pendente do clube e com o novo momento também crescer. Oriundo de Feira de Santana, jogou em campo de barro. Sentiu a poeira grudada com suor. Sofreu com os dedos descascados de tanto chutar terra.
O rosto suado o liga ao menino que um dia sonhou em encantar.
Correu para os braços do público e foi abençoado. Que alívio...foi assim que eu vi.
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