A bola rola com o tempo! A frase é do narrador Arivaldo Maia, titular da Rádio Gazeta. Mas, serve bem para definir o que acontece na vida, em especial dos atletas.
Hoje, o Brasil, o Botafogo, o esporte e os alvinegros ficaram mais pobres. Chegou ao fim a partida de Nilton Santos, depois de 88 anos de vida e 16 em campo pelo alvinegro.
E ela foi longa, teve vários lances, prorrogações e, o melhor, vitórias.
Ídolo da família, foi para o clube e nós botafoguenses uma figura ímpar. Com seu jeito simples, um dia, em mais um peneirão alvinegro, levou um drible entre as pernas de um tal Garrincha, que acabou sendo decisivo para a contratação do "Anjo das Pernas Tortas".
A amizade dos dois foi fundamental para o Glorioso. Fundamental para o próprio Mané, que ganhou, além de um amigo, um compadre.
Juntos brilharam na seleção brasileira de 58 e 62. Mané pela direita, avançado, lá na ponta e o Nilton, cá na esquerda. Sem firulas, sem jogadas brilhantes, mas preciso em sua missão. Marcava e passava a bola com maestria.
Por isso, eternizou-se como a enciclopédia do futebol.
Se tornou estrela, não só pela dedicação em campo, mas por ter vestido, como atleta apenas a camisa preto e branca, de número 6.
Não o vi jogar. Apenas em alguns lances, fotos e histórias. Muitas histórias! Meu pai mesmo sempre lembrava da partida, onde ele fez falta no lateral, dentro da área e deu dois passos, para ficar fora da linha e enganar o juiz. "Pelo Brasil vale tudo!!", dizia o velho Manoel Barros.
Pois é! Foi assim que conheci, li e assisti várias entrevistas de Nilton. Hoje, com a notícia de sua morte fiquei triste. Parecia ser alguém da família. Digo a de sangue. Pensando bem, entre uma lágrima e outra, Nilton era sim da minha família. A que escolhi. A alvinegra!
Creio que o céu, além de ganhar mais uma estrela, fica a lição: a de que Nilton, agora, é dos Santos!
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