Velório coletivo no ginásio poliesportivo de Santa Maria |
Porém, como se calar diante de tanta dor. O episódio ocorrido na Boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande Sul, no último domingo (27) nos faz pensar na vida e no quanto ela vale.
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Para as autoridades, municipais, estaduais e federais, somos apenas números. Isso mesmo, números!
Basta ver que a tragédia da boate incendiada, se resume aos 231 que perderam a vida. Poucos lembram que 231 famílias, um pouco mais ou menos, ficarão com o peso desta perda eternamente. Na lista das vítimas, que já morreram por terem inalado fumaça tóxica, um vestibular da morte. A cada detalhe do fato, mas indignação e um nó na garganta nos toma.
Como pai, pra piorar surge uma sensação de impotência, associada a uma taquicardia. Puxa, vida que triste saber que a vida para tantos virou fumaça.
Ouvi uma mãe, D. Elaine, falar da dor de velar um filho, enquanto acompanhava, à distância a situação de outro que está internado em estado grave. O que dizer para alguém que como tantos outros acreditam que seus impostos se refletem em ações do poder público?
Dilma não conteve emoção ao ouvir relatos durante velório |
Assim como ela, também penso que as fiscalizações, autorizações e alvarás estão em dia, em todos os lugares. Até porque, quando atrasamos nossos impostos, o Estado e o Município, não nos esquecem. O mesmo ocorre com a Receita Federal.
Mas, por que, com empresários não ocorre o mesmo?
Agora, depois de tanta comoção, de forma hipócrita percebo que em todo o Brasil, inclusive, em Alagoas estão fazendo fiscalizações rigorosas. Pô!
Não dá para fecharmos os olhos para essa questão. Não podemos concordar que vidas sejam salvas ou que o poder faça seu papel, as custas de tanta dor. Os "filhos de Santa Maria" comoveram o Brasil e o mundo.
Respeitem os cidadãos, em especial nossos jovens.
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