Pra mim que perdi os cabelos militando em partidos de esquerda, isso tudo é uma loucura. Até porque, nos 80, computador só quem tinha era rico e ainda mais com cara de nerd.
O tempo passou e hoje tudo quanto é tribo, inclusive as de índio, usam as fabulosas máquinas para se expressar.
Particularmente, minha "grande experiência" com tudo isso foi quando conseguimos tirar um site pornô-pedófilo do ar. Com a ajuda do twitter, em questão de minutos estávamos no ar todos nós detonando o endereço. Eis que entramos pesado e pedimos ajuda ao delegado da PF, Políbio Brandão.
Não deu outra, o site saiu do ar em 1h30 após ter sido denunciado. Foi uma demonstração de força incrível. O mais interessante é que aconteceu a partir de pessoas que nem se conheciam. Apenas tinham a mesma opinião.
Protesto e mobilização
Agora, são os protestos. Primeiro os contra a corrupção, que conseguiram mobilizar centenas de pessoas. A maioria estudantes, que outrora, só sairiam de casa se fossem socialistas, usassem vermelho e tivessem, na ponta da língua toda a verborragia da esquerda.
O tempo passou, os comunistas enriqueceram, perderam os cabelos e ficaram barrigudos. No momento quem manda são os tatuados, com alargadores nas orelhas e piercings no nariz. Com uma agilidade incrível, se conectam até por telefone e marcam encontros.
O tema violência também tem atraído muita gente para às ruas. Já rolou um protesto, com cara de pedido de socorro, diante do Palácio dos Martírios.
Depois teve o contra o aumento das passagens, na última quarta-feira (29). E tem sido assim, de twitter em twitter e de post em post, ou simplesmente, recados curtos em páginas de relacionamento a turma se engaja e vai.
É meu amigo, não precisamos mais ter grande oratória nem ler os clássicos da revolução, muito menos os marxistas. Teve uma ideia, conseguiu agregar e tem vários adicionados em sua página, o resto é marcar o dia e a hora.
E eu tô nessa. A diferença é que não pego mais no microfone...mas não deixo de ver o movimento. Afinal, o "tempo não pára" como dizia Cazuza. Aliás, quem lembra dele?
Nenhum comentário:
Postar um comentário