quinta-feira, março 01, 2012

Mobilização virtual existe e pode dar certo

De toda parte as redes sociais não servem apenas para popularizar os "memes", tipo o da "Luiza que está no Canadá". Tem muita mobilização acontecendo com a ajuda das redes sociais. Seja na capital ou no interior, é por meio de ferramentas como orkut, facebook e twitter - as mais populares- que a coisa acontece.

Pra mim que perdi os cabelos militando em partidos de esquerda, isso tudo é uma loucura. Até porque, nos 80, computador só quem tinha era rico e ainda mais com cara de nerd.

O tempo passou e hoje tudo quanto é tribo, inclusive as de índio, usam as fabulosas máquinas para se expressar.

Particularmente, minha "grande experiência" com tudo isso foi quando conseguimos tirar um site pornô-pedófilo do ar. Com a ajuda do twitter, em questão de minutos estávamos no ar todos nós detonando o endereço. Eis que entramos pesado e pedimos ajuda ao delegado da PF, Políbio Brandão.

Não deu outra, o site saiu do ar em 1h30 após ter sido denunciado. Foi uma demonstração de força incrível. O mais interessante é que aconteceu a partir de pessoas que nem se conheciam. Apenas tinham a mesma opinião.

Protesto e mobilização

Agora, são os protestos. Primeiro os contra a corrupção, que conseguiram mobilizar centenas de pessoas. A maioria estudantes, que outrora, só sairiam de casa se fossem socialistas, usassem vermelho e tivessem, na ponta da língua toda a verborragia da esquerda.

O tempo passou, os comunistas enriqueceram, perderam os cabelos e ficaram barrigudos. No momento quem manda são os tatuados, com alargadores nas orelhas e piercings no nariz. Com uma agilidade incrível, se conectam até por telefone e marcam encontros.

O tema violência também tem atraído muita gente para às ruas. Já rolou um protesto, com cara de pedido de socorro, diante do Palácio dos Martírios.

Depois teve o contra o aumento das passagens, na última quarta-feira (29). E tem sido assim, de twitter em twitter e de post em post, ou simplesmente, recados curtos em páginas de relacionamento a turma se engaja e vai.

É meu amigo, não precisamos mais ter grande oratória nem ler os clássicos da revolução, muito menos os marxistas. Teve uma ideia, conseguiu agregar e tem vários adicionados em sua página, o resto é marcar o dia e a hora.

E eu tô nessa. A diferença é que não pego mais no microfone...mas não deixo de ver o movimento. Afinal, o "tempo não pára" como dizia Cazuza. Aliás, quem lembra dele?

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