domingo, abril 11, 2010

Descoberta: Tinhorão preserva a memória da produção cultural brasileira

O acervo particular do jornalista, escritor e historiador, José Ramos Tinhorão, vem sendo catalogado pelo Instituto Moreira Salles. Especialista na cultura urbana brasileira ele juntou raridades que marcam a transição da  dos últimos 40 anos.  

O levantamento teve início em 1961, quando passou a colecionar o material. São milhares de peças escritas, partituras, revistas, discos e áudios rarísssimos que definem a produção e o gosto da classe média brasileira. Fuçador autêntico percorreu sebos e alfarrábios do Brasil e Portugal. O resultado é uma coleção maior que a do Museu de História Nacional.

Tinhorão, que foi jornalista do Jornal do Brasil, prefere definir sua atividade como obra do acaso. Claro que não se refere a busca mas sim como consegue chegar aos conteúdos. No caso das partituras de piano, por exemplo, ele conta que muitas famílias colecionavam os escritos por meio de encadernação.

"Então com o processo de verticalização das cidades o piano entrou em decadência. Por conta da dificuldade em mantê-lo nos prédios esse material foi ficando para trás. Então alguns eu ganhei", revelou o jornalista.

Durante a entrevista a jornalista Tânia Moralles na CBN, agora há pouco, foi possível descobrir que ele guarda pelo menos 35 mil partituras de música brasileira. O material, segundo o próprio Tinhorão, é resultado de um mergulho no passado. Além disso, representa a identidade do país. 

Incrível como uma pauta e um programa de alto nível - no rádio- pode colaborar para o crescimento intelectual e a formação das pessoas. Nada disso que acabei de relatar era de meu conhecimento. Mas a partir de agora figurará entre minhas pesquisas e consultas nas horas de ócio. Um ócio produtivo, é claro.  


Para saber mais sobre Tinhorão basta clicar aqui. Nesta entrevista, ao Portal do Sesc-São Paulo, Tinhorão fala mais sobre música brasileira.

A foto em destaque é de Adriana Vichi

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