Alagoas é um país, dentro do Estado "e não é para amadores". O destaque entre aspas é parte do que disse Tom Jobim, no pós-ditadura ao se referir ao comportamento ferino da classe política do país.
Na semana que passou, os alagoanos que ainda leem blogs e agências de notícias independentes, souberam da notícia do afastamento do cargo do promotor Coaracy Fonseca, por 60 dias, determinado pelo Colégio de Procuradores.
A punição, sob o olhar institucional e a versão oficial, se baseia em vídeos publicados por ele em que emite opiniões, muitas com base histórica, sobre seu ponto de vista em relação ao judiciário. Ou melhor, ao comportamento do poder e suas "alianças".
Coincidentemente, a posição da cúpula do MP veio um dia após, repercutir na mídia digital uma matéria publicada, sem destaque, no site do órgão sobre uma visita surpresa de Coaracy no Centro Educacional Wandette Gomes de Castro, em Pajuçara.
A unidade, conforme constatou Coaracy não oferece segurança adequada, nem instalações com o conforto necessário para crianças com autismo. Por isso, determinou a transferência dos alunos para escolas particulares, até que a reforma, a qual foi iniciada com mediação do MP, seja concluída.
Só que alem dessa ação administrativa, também instaurou uma Ação Civil Pública, com prazo para execução e até mesmo bloqueio de R$ 300 mil da conta do vice-governador e secretário Estadual de Educação, Luciano Barbosa.
Em meio a repercussão política do fato, colegas de categoria, por unanimidade decidiram por seu afastamento.
Na avaliação de Coaracy a punição tem relação com sua postura apolítica dentro da entidade, ao mesmo tempo que tem motivação política por ter agido contra o Governo Estado.
O interessante é que sua ação como promotor, não teve o mesmo destaque na página oficial do MP quanto o seu afastamento.
Após deixar o cargo, ele em forma de alerta sugeriu que a sociedade acompanhe de perto outros processos polêmicos que já estão em tramitação. Entre eles citou: Infovia, Detran e ainda uma ação que envolve o Grupo Nivaldo Jatobá.
"Durante o meu afastamento, peço aos cidadãos ativos que fiquem de olho na transação tributária entre o Grupo Nivaldo Jatobá e o Estado de Alagoas, no qual R$ 15 milhões pagaram R$ 55 milhões"., escreveu em sua rede social.
Sendo assim, para quem gosta de política e, principalmente, de acompanhar ações do MP, click no link e siga-o no instagram @coaracyffonseca.
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