domingo, janeiro 20, 2008

Homenagem ao Garrincha; são 25 anos sem suas diabruras acobráticas-desconexas-humilhantes



Hoje faz 25 anos que o mundo ficou sem um anjo de pernas tortas. A frase, mesmo sendo clichê quando falamos de Garrincha, continua certeira em seu propósito. De fato não temos mais nenhum jogador com seu brilhantismo.

Jamais surgiu um figura com seu perfil endiabrado e desconcertante. Um dia o Orlando Nogueira disse que o corpo do Mané Garrincha era "em sim um drible".

Digo mais. A alma do Mané já era um - traço para a direita. No compaço da vida o Garrincha era o próprio movimento. A ginga que tinha em campo, infeliamente para a minha geração, que não o alcançou na ativa é como um passo de balé misturado com frevo de rua.

Por falar nisso o maior dançarino de frevo, Manoel da Nóbrega, de passagem por aqui ano passado apresentou em seu show uma homenagem ao Mané. O cabra misturou mesmo seu movimento em campo com o de um passista de frevo. Foi demais...

Voltando. Encontrei na internet um depoimento do Gérson e do Nilton Santos que lhes trago agora. É um relato acompanhado de como foi a entrada do Garrincha no Botafogo.

Trata-se de um registro histórico encontrado no site http://www.youtube.com.br/ depois de noites de intensa procura. Minha idéia era usá-lo num momento como o de hoje.

O mundo parou para lembrar que está sem os dribles do Garrincha há 25 anos.A alegria do povo partiu anônima como a maioria de seus torcedores. Engolido pelo álcool adoeceu diante de todos, mas escondeu sua dor em silêncio. Na memória quando ele funcionava.

Abaixo um outro momento raro. Um depoimento de Mané para um documentário que seria exibido na Europa. O craque mostra-se uma pessoa tímida e um pouco chateada com o assédio.


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