quinta-feira, junho 24, 2010

Um dia sem Globo

Será possível? Para os milhões de internautas que estão no Twitter sim. Tanto que o reforço para o "protesto virtual" virou até matéria no jornal carioca O Dia.

Segundo a matéria, a idéia do protesto é decorrente de um outro bordão famoso existente na rede o "Cala a boca Galvão".

Não se tem muito claro de onde partiu essa aversão ao número um das transmissões esportivas da emissora.

Me lembro que ainda no ano passado vi - em fotos enviadas por e-mail- alguns cartazes pedindo para para o Galvão calar a boca. Nunca pensei que fossem verdade. Esperei o Tadeu Shimidt desvendar em seu quadro no Fantástico, e nada.

Agora o Tadeu volta a ser lembrado, porque segundo um post na internet no blog ( ) foi depois de uma carta lida por ele, que a campanha "Dia sem Globo" ganhou força. No texto ele defendia o repórter Alex Escobar que teria sido destratado pelo técnico Dunga, durante uma entrevista coletiva.

Se para a empresa os palavrões de Dunga, mesmo baixinhos, contra o repórter incomodaram, para os internautas foi uma "tapa com luva de pelica". O técnico marrento virou ídolo de quem, por algum motivo(s), não curte mais a programação global.

Rola outra historinha de bastidores, quase uma lenda urbana ou africana. Segundo dizem, Dunga vetou uma exclusiva- acertada com a CBF(leia-se Ricardo Texeira), para a Globo. A repórter seria Fátima Bernardes. Ela, inclusive, com a autorização em mãos foi até o hotel onde o técnico estava hospedado.

O segurança, por ordem do técnico a barrou. Em seguida chamou o próprio Dunga que confirmou que não daria entrevista. Disse que quem mandava na concentração era ele e não aprova exclusiva e só fala para todos os veículos.

Verdade? Quem sabe?

Agora, é esperar. Nesta sexta a sugestão dos internautas é que na hora do jogo os brasileiros assistam a transmissão por outras emissoras: Band, Band Sports e ESPN.

Como sou fã do rádio, há muito tempo não sofro com as transmissões do Galvão e os comentaristas que o acompanham. Sintonizo a tv para ter imagem e escuto alguma emissora da latinha.
A Jabulani continua surpreendendo. Até agora já estão fora a França e Itália, que fizeram a final da Copa passada. Quem lembra?

Aquela da cabeçada do Zidane no Materazzi.

Nesta edição na França teve até greve. Durante um dia os franceses não treinaram por conta da dispensa do jogador Anelca.

Dizem que a bronca se originou por conta do não pagamento pela Federação Francesa, do prêmio pela classificação.

Sobre a Itália, o que dizer? Viraram pó! Foram derrotados por 3x2 da Eslovênia. Com o placar dançaram.

Que massa! O país que criou o pão francês e o maior consumidor de pizza fora do mundial.  Mas e agora?

Será que é o Brasil ou a Argentina? Portugal ou Espanha? Inglaterra..... 
(neste momento o post foi interrompido pelo grito do Cid Moreira, na tv)

Jabulaniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, junho 22, 2010

Dando uma pausa na copa, vou adiar uma fala sobre a chuva de gols de Portugal sobre a Coréia do Sul, para falar dos efeitos das chuvas, em Alagoas. Desde sexta-feira estamos todos estarrecidos com os efeitos devastadores da força da água.

Diante de uma tragédia que mata 29 e deixa 1
77 mil desabrigados não podemos ficar distantes.

A água da chuva transformou cidades inteiras num mar de tijolos e paralepipado revirado. Em Branquinha, União dos Palmares, Santana do Mundaú, Paulo Jacinto, Quebrangulo, Viçosa, São José da Lage e Rio Largo os efeitos das águas foram devastadores.

Não ficou pedra sobre pedra. Os rios Mundaú e Paraíba aumentaram o nível da água em até 12 metros e derrubou o que encontrou pela frente. Agora, depois de três dias da tragédia é hora de contar os mortos. Os números não fecham e a qualquer momento aparecem mais corpos.

As cidades vivem cenários de guerra e a escassez de alimentos. A fome e o frio são companheiros de quem antes morava em casas herdadas de familiares. Ou seja, nasceram e cresceram nestes lugares e, por conta da tragédia, se veem sem lenço, nem documento.

É hora de ajudar, mas é melhor procurar as autoridades.

sexta-feira, junho 18, 2010

Genial Baptistão

Baptistão impossível publicou essa charge com o tema o "Careta e o Maluco". Mais

Caçada aos piratas da tela



O desejo incontrolável do brasileiro em transgredir, principalmente quando é beneficiado, fez crescer no país as distribuidoras piratas de sinais de tv ou produções próprias. O "Gatonet" é o gato das tvs por assinatura e tem criado um "rombo" gigantesco no sistema. A estimativa é de que já chegue a R$ 500 milhões. A Polícia Federal está em cima dos assinantes e dos distribuidores clandestinos.

Pela lei quem distribui pode pegar 7 anos, enquanto quem compra - é indiciado por cumplicidade- pode ser condenado a 4 anos de prisão.

Atualmente o chamado prejuízo social seria de 7 mil trabalhadores despedidos com a queda das vendas nas empresas legalizadas.

Essa notícia só reforça a ideia de que a internet pode ser nossa "grande tv", definitivamente.. Me refiro ao espaço existente no mundo virtual para as postagens de vídeos. Com uma produção mínima é possível criar sua própria tv. Com seus vídeos favoritos, sua linguagem, seu conteúdo e o baixo custo, pode ser criada a maior rede de informações democráticas do país.

Se o brasileiro deixar de ser paciente e se tornar agente de seu destino, ele fará, no mínimo, uma revolução digital. Os meios estão aí. Então, em vez de roubar sinal, dê sinal. Diga o que pensa. Crie um blog.Publique e, depois divulgue, !

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E por falar em Copa...

E tu Messi?

 Messi não vai marcar? Essa pergunta ficou no ar no jogo que eles ganharam por 4x1 contra a Coreia do Sul. O baixinho argentino serviu seus companheiros muito bem. Divinamente bem. Mas quando mirou o gol se deparou com os pés do goleiro e depois com a trave.

Genial mesmo, somente o rebote da bola, depois de tocar na trave, e cair de bandeja nos pés de um companheiro. 

Só isso, porém, já é uma grande coisa. Porque daria para produzir a seguinte manchete. "Messi tabela com trave e dá 4 gol". Ou ainda: Gol: Messi quase lá! 

Talvez o "puguita" como é chamado está com medo de fazer um gol e ser beijado pelo sogro, o técnico Maradona. Isto mesmo! Ele anda estranho dando demonstrações de carinho explícita. É fácil ser filmado encarando os atletas, segurando-lhes pelas bochechas. Sem falar na centena de beijocas.

Bolão
A Copa 2010 está tão desimpolgante que até a Globo tem estimulado a linguagem dos bolões. Tem sido comum seus apresentadores convidarem os torcedores a "interagir" e a mandar seus palpites.

Propagandas
As propagandas e as vinhetas da Copa 2010, estão mais empolgantes que as transmissões. O sem número de novidades tecnológicas nem combinam com o atraso de nossos apresentadores de tv. Por isso, tem horas que os comerciais são mais esperados do que as partidas.

Morumbi
O que há por trás do desinteresse do Governo de São Paulo em reformar o Morumbi para a Copa 2010? Ou ninguém sabia que depois do Brasil ser escolhido, para a de 2014, teria que atender a todas as "mega", "max" e "hiper" exigências da Fifa? Qual o jogo que está sendo jogado nos bastidores disso tudo? 

Porra! Também, em plena Copa, quem vai investigar isso?


Essa tá sendo a Copa do "quase". Porque se não vejamos:Quase a África do Sul venceu!  Quase a Espanha empatava!Quase o Messi fazia o gol! Quase o Kaká jogou como antes de ir para o Real Madrid! Quase o goleiro Júlio César defendia o chute do coreano! Quase ninguém percebeu que a defesa do Brasil falhou? Quase o Maradona convenceu como técnico! Quase o Adriano ia para a Copa! Quase que o Dunga convocava duas aves: Pato e Ganso! Quase o Pinto de Luna saia candidato ao senado! Quase o Delane comprava uma camisa - genérica- da Seleção Brasileira (e olhe que só custava R$ 20, em duas parcelas)! E Quase que o Delane não escapava do do cerco da Meire (telemarketing) da Marilac (lar que lhe pede doação de R$ 7,00 para velhinhos) ! Quase que o Mauro entrou no clima de torcedor com vulvuzela! Quase os jornalistas conseguiam filmar um treino da seleção! Quase que eu virava ministro do povo e ia substituir o França Moura!Quase eu comprava uma TV digital! Quase a Alemanha vencia a Servia!

Quase esse post ficava cansativo!


Sacanagem

Puta sacanagem fizeram com o Cid Moreira. Depois do Mister M, agora, mandaram o cara gravar o grito: Jabulaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaannnnnnnnnnnnnnnnnnnnniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Imaginem!

quinta-feira, junho 17, 2010

Ressureição e morte no HGE

Pelo título parece que vamos falar de algo ficcional. Mas, não é. Ouvi com espanto a notícia de que uma mulher, Divacir Cordeiro dos Santos,  60 anos, que havia sido considerada morta se mexia no necrotério. O fato foi registrado no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, Alagoas.

Mesmo dentro do invólucro para transporte de corpos (de plástico), ela voltou a respirar e ter espasmos. O funcionário do lugar, um herói para mim, teve a sensibilidade de perceber o erro grosseiro dos profissionais de saúde e pediu ajuda.

Se ele tivesse considerado que era um fenômeno comum a corpos/pessoas altamente medicadas-como tentaram explicar algumas autoridades, Divacir morreria a míngua, só que desta vez no necrotério.

A vítima do descaso foi resgatada e levada para as máquinas de terapia intensiva. Resistiu bravamente até as 3h madrugada, na UTI e morreu, desta vez de verdade. Desde que voltou a ser internada ela apresentava um quadro grave.

Mas, fica a pergunta: será que (ele o estado) não foi agravado justamente pelo fato de ter ficado sem assistência e com dificuldades para respirar quando estava na pedra?

O episódio que deixou estarrecida a família e indignado- quem ainda consegue se indignar- repercutiu nacionalmente.

Não é a primeira vez que o pronto socorro ganha as manchetes. Faz parte do leque de grandes pautas permanentes do jornalismo - denúncias envolvendo o hospital. Os médicos já denunciaram várias vezes. Os enfermeiros e técnicos em enfermagem , também.

Todos já sabemos que há pessoas no chão, próximo ao lixo, em macas, sem higiene e espalhados no corredor. Isso não é mais novidade. O problema é antigo e parece não ter solução, a não ser que o Executivo bata forte nos municípios para que instalem hospitais dignos de atender a população.

Mas, qual governante vai bater de frente com os municípios, se é de lá que saem os votos que lhes garantem o poder?

A morte e ressurreição desta mulher é mais uma prova de que a vida vale muito pouco para o Estado. Sobreviver depois de cruzar os muros é um desafio. Fica nas mãos de Deus e de alguns abnegados funcionários o final feliz da maioria das pessoas.

É necessário que esse caso seja punido exemplarmente antes que nossas esperanças morram e, o pior, não ressuscitem mais. Não dá para agir tucanamente neste caso. Já produzimos, para o país, a manchete mais incrível de minha carreira até agora: "Mulher morre duas vezes no HGE".

Boas lembranças do Chile - 1962

O dia de hoje tras uma boa lembrança para o futebol brasileiro. Em 17 de junho de 1962, no Chile, o Brasil sagrou-se campeão diante da Tchecolosváquia.

Os tchecos foram pra cima e abriram o placar. Reperado do susto o Brasil jogou sua bola e logo empatou com Amarildo. O segundo gol foi marcado por Zito. O terceiro surgiu no segundo tempo para sempultar qualquer esperança tcheca. 

 Bi-campeão carioca de 1962, que conquistou a vaga para a Libertadores de 1963, com o Título da Taça Brasil: Paulistinha, Manga, Jadir, Nílton Santos, Aírton e Rildo; Garrincha, Edson, Quarentinha, Amarildo e Zagallo

Vavá recebeu da direita depois de um cruzamento de Djalma Santos. Um belo gol que garantiu o bicampeonato para o Brasil. Assista aos gols da final.



O detalhe desta seleção era que contava com Nilton Santos, Zagallo, Amarildo e Garrincha , todos jogadores do Botafogo. Por conta da qualidade de seus atletas, o Botafogo sempre tinha parte de seu elenco cedido para o time do Brasil.

Até hoje o Botafogo é o time que mais cedeu jogadores para vestir a amarelinha.

quarta-feira, junho 16, 2010

Bola quase atrapalha Brasil

Um dia desses disseram que a bola da Copa 2010 era horrível. Agora, tenho certeza para afirmar. A bola está uma droga. A de todos os jogadores. Salve-se, apenas, os autores dos dois gols. Nosso problema está entre a jabulani e o gramado.
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O Brasil teve um resultado previsível. 2x1 até eu marquei, só que dividi minha opinião com o José Feitosa, o idealizador da peleja. Ganhamos e dividimos o valor em metade para ele e outra para mim. Pois, é! Acreditem, ganhei um bolão. Tô impressionado.

Como consegui apostar num resultado e vencer. Será que sou algum cientista em probabilidade? Claro que não!  Sou apenas um apreciador do futebol e boleiro das terças e sextas. Vejo que time que leva gol busca empatar. E como não jogamos em conjunto. Na verdade somos um conjunto de individualidades buscando caminhos para a glória.

Foi assim com Maicon, que lembrando Garrincha e com espírito do Josimar - que em 1986 na mesma posição de lateral, fez um gol- ele avançou pela direita e chutou sem ângulo.

Segundo, José Feitosa ( repórter fotográfico da Gazeta), quando tocou na bola faltava pouco mais de um palmo (mão espalmada no chão). "Para ela ter aquele efeito pegou de três dedos", sentenciou o véio. Por isso, a Jabulani fez uma curvinha milimétrica para dentro do Gol.

Esse lance é daqueles que faz a pessoa voltar para os rachinhas de fim de tarde nas periferias. Quem jogou, sabe que tem horas que a bola rola por uma das pontas. Aí vc se antecipa, olha sua posição em relação a trave a bate. Se pegar na veia, no canto certo do pé, a bola faz uma tragetória certeira e entra.

Voltando a pelada de estréia, toque de bola- até o gol- só teve mesmo no gol de Elano, quando Robinho serviu o prato do dia: a vitória. A rede esticada estufou um pouco. Goooooooooolllllllll! Delírio total tava lá o Brasil garantindo sua vitória.

Como tinha apostado passei a imaginar minha tese. Aquela, que lá em cima, me fez votar no famigerado 2x1. Acreditava que os coreanos poderiam nos surpreender. Porque jogador brasileiro sempre se acomoda quando saiu do sufoco. Sei disso porque sou botafoguense.



Outra coisa! Convenhamos.  O Brasil sofreu com a retranca coreana ao passo em que perdia as rédeas da sua própria. Falhas homéricas aconteceream. A penetração oriental foi precisa em alguns lances. E, finalmente, chegaram ao gol. Não foi surpresa. O perdedor sempre vai lutar, até a morte.  No caso dos nossos adversários algo bem real. Isso para mim era óbvio. Dei sorte!

Gostei da manchete da Gazeta de Alagoas. "Maltratando a jabulani, seleção tem 'vitória típica'. 

terça-feira, junho 15, 2010

O craque...

 
O craque é um jogador que sabe jogar muito. Só é chamado assim o dono da bola.
Aquele que define, organiza e puxa o time. É uma espécie de cérebro. O ritimo da partida depende totalmente dele. É a ginga do craque que dribla qualquer barreira. Não percebe, ignora, não vê ninguém! Simplesmente passa.

O craque é dissimulado. Ele engana! Quando se pensa que ele está de um lado, ele está do outro. Num piscar de olhos o craque inverte tudo. Transforma a jogada. Joga bem! E muitas vezes de modo desleal. Como craque ele mascara. 

O craque é malandro!
Normalmente o gool sai de seus pés. Ou na finalização ou na armação. Aliás, o craque vive cheio de armação. Conta sempre com um companheiro. Aquele que apresenta-se para iniciar a jogada.

Ah!!! o craque! Quanta saudades dos nossos craques. Leia-se Mané, Didi, Nilton Santos, Quarentinha, Heleno de Freitas...entre outros. Nossas estrelas!

Hoje não vejo craques na seleção. O único que para mim preserva isso é o Robinho. Ah! Moleque!!!!!!!!
É o único que me lembra o Dener da Portuguesa. Genial era imbatível na aproximação da área. Entrava para definir. Creque nato, ignorou todas as defesas que encontrou. Lamentávelmente, faleceu num acidente automobilístico. E o pior, sem deixar uma marca com a camisa da Seleção Brasileira.

Nossos craques estão morrendo ou já foram. Os atuais - apontados pela mídia tradicional-têm vida curta. Morrem diante das reportagens, quando simplesmente elas deixam de lembrá-los! É a manchete que mata, assassina.
Virada

Claro que o Craque, aí de cima, é o jogador. Mas em geral nasciam na periferia. Agora, a periferia adoeceu com outro timpo de Crack. Um que é chamado de nóia e mata nossos atletas antes mesmo de terem futuro. É uma bola que deixou de rolar. É um craque que morreu antes de nascer.

As ruas não estão mais tomadas de crianças jogando bola, com travinhas de chinelo ou pedras. Ao contrário, há crianças "dando uma bola", "passando a bola para outro", se tornado craques em jogadas desleais. Essa partida não tem juiz, nem respeito a vida.

Se lá em cima o craque toma vitórias, rouba alegrias, age como o craque tem que agir. Esse crack, o tal que mesmo sendo droga- tá na mídia. Rouba tudo isso, mas com antijogo. Estamos assistindo mais cenas de violência do que vendo surgir craques. 

Precisamos empatar essa partida - precoce- de nossos craques/craques. Depois, com toque organizado articular o ataque e acabar com os gols contra.É o que o crack representa, um gol contra. Vamos virar o jogo!

Obs.

Esse texto só foi elaborado por conta do artigo que li de jornalista Alexandre Câmara. Ele publicou um artigo no site www.alagoas24horas.com.br e escreveu um texto sobre suas impressões em relação a cracolândia que está surgindo em todos os lugares. Vale a pena ler!

segunda-feira, junho 14, 2010

Copa de frangos

Enquanto os jogos da Copa ainda não têm o brilho que tanto foi especulado, são os frangos que roubam a cena. O foleiro Green da Inglaterra mostrou que, literalmente, ainda está verde para a posição. Tomou um frangasso no jogo com  a Seleção Americana. Amarelou legal!!

Outro que não resistiu e cedeu um gol frango foi o goleiro da Argélia, durante partida contra a Esolvênia. O clássico estava chatíssimo até esse gol. O quicar da bola no gramado foi suficiente para tirar... da jogada. O jogo era assistido por Zidane- aquele da cabeçada na Copa passada.

A partida entre Argentina e Nigéria serviu para mostrar que o Messi mostrou que até o momento só joga no Barcelona. O genro de Maradona ainda não mostrou a que veio. 1x0 foi de bom tamanho. Do tamanho do Messi e abaixo da arrogância do técnico.

Bom mesmo tá o Japão que venceu por 1x0 Camarões. Porra, apostei no ex-time de Rogê Milla.

Já do lado brasileiro os treinos ficaram mais fechados. Pelo menos neste quesito estamos jogango (em termos de marketing) igual a Coreia do Norte. Até agora os dois times estão com suas respectivas imagens preservadas. Ou seja, quase nenhuma.

Dunga sem os sete anões

A Globo tá tentando de todo jeito fazer o Dunga se abrir um pouco mais. Achou até seu guru. Quem sabe assim nosso técnico-Guri- sorri e se abre para as entrevistas. Ah! Calma Dunga....eu não tenho nada contra voce. Ao contrário, vc que tem algo ou muita coisa- sei lá!- Pelo menos é o que inferimos do jeito que fala é contra os jornalistas.

Pensei que vc fosse mais inteligente e soubesse que a imprensa/mídia/veículos de comunicação - ou melhor, nós- somos sempre do contra. Afinal, toda a "unanimidade é burra". Se vc ainda não teve tempo de ler sobre o autor dessa frase, talvez porque estivesse lendo algum livro de autoajuda, eu te digo quem é. Trata-se do tricolor, cronista, teatrólogo e escritor, Nelson Rodrigues. 

Pra tua sorte Dunga ele não está mais vivo. Por se estivesse tu verias o que é crítica. Vixe! No mínimo ele o teria igualado, em competência técnica, a um dos personagens da fábula "Os sete anões", que de bola nada entendia.

12 de junho um dia marcante para o Bota e para mim

Foi num dia 12 de junho de 1942 que o  Clube de Regatas Botafogo  (1894) anunciou sua união Botafogo Football Clube (1904). O episódio, porém, só foi possível depois de uma tragédia. O jogador Albano, do Football, disputava uma partida contra o Regatas, quando subitamente morreu. Vítima de um ataque cardíaco fulminante acabou por antecipar a união dos dois clubes.

O anúncio da união aconteceu quando o seu corpo seguia para o cemitério e parou diante da sede do Regatas, na enseada de Botafogo. Em meio a lágrimas e muita comoção o presidente Alfredo Smith do football, anunciou que a partir dali existiria um só Botafogo. 



E assim surgiu a estrutura que o Glorioso mantém até hoje. A união de forças, que só aconteceu definitivamente em dezembro daquele ano, foi importantíssima para o crescimento e a atuação do clube em outros esportes.


No caso a estrela solitária que consta como símbolo máximo surgiu tendo como referência a que já existia no Regatas. Ela é a estrela dalva, última estrela a desaparecer do céu. Como os atletas do remo iniciavam os seus treinamentos durante a madrugada eram sempre iluminados por ela. Daí a homenagem e, por isso, a estrela nos conduz até hoje.


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No último dia 12 (sábado) deveria ter publicado este post. Mas o dia 12, além da simbologia do dia dos namorados, pessoalmente para mim marca uma data triste. Completou 21 morte da morte de meu pai, Manoel Barros. Por esta razão eperei até hj para fazer o registro sobre a história do Bota. Por uma lamentável e incrível coincidência o dia 12 marca estas duas datas. 

sexta-feira, junho 11, 2010

Bafanas quase abafaram o México

Com um futebol rápido e de muita resistência física, os bafana-bafana, leia-se Seleção Africana, por pouco o time montado por Parreira, depois da queda de Joel Santana, não surpreendeu o México.



Os caras correram muito, chegaram com velocidade ao ataque várias vezes. Com um toque de bola supreendente, mas as vezes muito ansioso, os africanos pressionaram muito. Abriram o placar depois de muita correria e pressão. Mas, não souberam matar a partida quando tiveram chances.



Faltou a habilidade que só os jogadores brasileiros têm. Num dos lances o atacante africano entrou, na frente do zagueiro mexicano, ficou cara a cara com o goleiro e decidiu mandar a bola no menor espaço.



Se baixasse nele um pouquinho do espírito do Romário ele daria no lado oposto e supreenderia o goleiro. O gol seria o segundo e acabaria com a estratégia mexicana. Como fez o óbvio a bola, caprichosamente, bateu na trave e foi para fora. Uhhhhhhh! Gritaram os eufóricos torcedores.



Como no futebol o destino é cruel, quem não faz leva, demorou pouco para os mexicanos empatarem.



Mesmo assim ficou a lição de que os times africanos já sabem ameaçar mais. Por pouco, muito pouco mesmo, não saíram vitorisos. Ainda assim, creio que o empate com a seleção mexicana ficou com cara de meia vitória.



Tá claro para mim que Parreira fez "milagres", assim como Joel, com os atletas mexicanos. No mais, a habilidade que faltam para os africanos só o tempo é capaz de fazê-los conquistar.



No futebol não há mais espaço para truculência,- aquele tipo brucutu. Tem que ser forte, quando é exigida força, mas saber ser delicado quando o momento exige. Claro que é lindo fazer gol dando uma bomba. Porém, uma vez na área, tem que pensar. Ser um matemático-quase mágico com a bola nos pés.



Fica para a próxima, bafanas!

Tragédia afasta Mandela de primeira partida da Copa 2010

Mandela não vai para a cerimônia de abertura dos jogos da Copa 2010. Mesmo poupado da festa, realizada na quinta-feira, ele não comparecerá a partida entre México e África do Sul, por estar de luto. Sua bisneta de 13 anos morreu em consequência um grave acidente automobilístico.

Lamentável este episódio, já que o ex-presidente africano foi um dos grandes responsáveis pelo atual momento vivido pela África do Sul.Na abertura festiva Mandela foi a grande ausência. Ainda assim emocionou a todos quando teve um vídeo apresentando sua história.

Mas, quis o destino que após a festa, quando retornava para casa o carro em que estava a criança fosse atingido por outro de forma violenta. No acidente, apenas a bisneta de Mandela faleceu.

Força para aguentar mais essa Mandiba (nome de infância) do ex-presidente.

quinta-feira, junho 10, 2010

Tutu e vídeo de Mandela salvam abertura da Copa



Depois de aturar a chatice de Galvão a presença no palco do bispo anglicano Desmond Tutu salvou a abertura da Copa. Ele, num discurso emocionado, apresentou o vídeo sobre a vida e a luta de Nelson Mandela, que ficou 25 anos preso por ser contra o Aparthaid (segregação racial).

Tuto, vestido como um torcedor africano dos bafana-bafana (como é chamado o time africano), vibrou ao falar para a multidão. "Estou tendo um sonho. Isto é incrível! Hoje a África é o mundo", bradou Tutu arrancando milhares de aplausos e lágrimas.

No meio da multidão brancos e negros de todos os cantos do planeta estavam irmanados sem nenhum ato de violência. O sonho dos caras virou realidade.

Em seguida, Tutu, anunciou as imagens de Nelson Mandela. Entre uma foto e vídeo de sua vida impossível não se emocionar com tanta realidade. Relembrar Mandela na prisão me fez voltar as aulas de história, lá nos anos 80, quando aprendíamos sobre a situação racista da África do Sul.

Ouvir os discursos de Mandela foi uma demais. Estranhei sua ausência no palco, mas depois explicaram que ele está concentrado em participar da abertura do primeiro jogo oficial.

Diante de tanta história e emoção, impossível não reconhecer que a abertura da Copa 2010 deu uma lição para o mundo e a mim. Com essa nova realidade peço desculpas o mal humor de dois posts atrás.

Obrigado Mandela e Tuto por mais essa lição de humildade.

O príncipe etíope criador da paradinha e da folha seca



Como falar de Garrincha sem falar do príncipe etíope, Didi. O mestre do meio campo dava passes magistrais para o Mané na direita. Depois ficava rindo do que o nosso gênio das pernas tortas fazia com os adversários.

Didi foi um jogador que teve uma enorme sintonia com a torcida do Botafogo. Na seleção sua postura em campo lhe rendeu elogios e o reconhecimento como o melhor atleta da Copa de 1958, a primeira conquistada pelo Brasil.

Em tempos de Copa da África como não falar de nosso ídolo negro capaz de realizar proezas como  cobrança de falta em que a bola fazia uma leve curva e caia no canto do gol. O movimento ficou mundialmente conhecido como "folha seca".


O mestre Didi, quando foi campeão pelo Botafogo em 1957 em cima de seu ex-clube (Fluminense) seguiu apé do Maracanã até sua casa. Ao lado de sua segunda esposa Guiomar era cumprimentado e abraçado por torcedores em todo o trajeto.

Como diz o repórter Lelo Macena, Gazeta de Alagoas, "Didi foi um poeta da bola".

Lei mais no texto abaixo do brilhante jornalista Roberto Porto.

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Causos e acasos do Roberto Porto

A briga entre Didi e Telê Santana



Nasci na Casa de Saúde José, logicamente em Botafogo – a 300 metros de onde o Botafogo Football Club foi fundado, no Largo dos Leões. Logo depois, fui morar na Urca, até que meus pais preferiram se mudar para as Laranjeiras. E foi em Álvaro Chaves, onde ia com freqüência, que tomei conhecimento da doce figura de Valdir Pereira (1928-2001), o famoso Didi, a partir de 1949. Tempos depois, comecei a cortar cabelo numa barbearia da Rua Ipiranga, integrada apenas por campistas como Didi. Lá nos encontramos várias vezes porque ele, igualmente campista, prestigiava seus conterrâneos. Mas Didi era jogador do Fluminense e eu, com a Estrela Solitária no coração, não dava muita bola para ele. No máximo, cumprimentava. Foi em 1956, quando deixou o Tricolor que ele se tornou meu ídolo, não apenas no Botafogo como na Seleção Brasileira.




Quis o destino que só a partir de 1999, passasse a ter contato direto com aquele que se tornou famoso como O Homem da Folha Seca. Graças ao companheiro Elso Venâncio, na época na Rádio Globo, participei várias vezes do programa comandado por ele, antes dos jogos no Maracanã. Por essa época, Didi era uma sombra do que fora. Movimentava-se com extrema dificuldade, atormentado por uma incurável dor na coluna vertebral. Mesmo assim, conversamos muito, fora do ar, e lhe dei de presente uma foto de meu arquivo particular. Nela, depois da conquista do título de 1957, Didi, ainda uniformizado, caminhava com a mulher Guiomar (na foto com Didi, depois da conquista de 1957, o craque ainda uniformizado), na esquina da Rua Farani, cercado de pequenos torcedores.

Ele ficou emocionado e só me disse uma frase:

– A madame vai colocar essa foto em cima do piano lá de casa...

Pouco depois, encontrei com ele no Maracanã em cadeira de rodas. Fiquei chocado. Meu craque, meu ídolo, já não mais caminhava. E logo me apresentei para ajudá-lo, empurrando a cadeira pelos longos corredores do Maracanã. Foi quando juntou-se a nós, de repente, nada menos do que Luiz Vinícius de Menezes, o Leão, que o Botafogo vendera ao Nápoles em 1955. Fomos conversando, Vinícius com o maior sotaque italiano e puxando da perna, em razão de uma antiga contusão. Em dado momento, Didi cochichou a meu ouvido uma revelação inacreditável:

– Jogar com esse aí era fácil... Bastava meter uma comprida para ele...
Didi, coitado, já estava misturando as estações. Quando chegou ao Botafogo, fazia um ano que Vinícius era ídolo do Nápoles e os dois jamais, em tempo algum, haviam atuado juntos pelo Botafogo. Mas Didi, apesar dos pesares, ainda se recordava da troca de pontapés com o amigo Telê Santana (1931-2006), exatamente no círculo central do Maracanã, sem que o árbitro percebesse. Era a final do Campeonato Carioca de 1957 e o Botafogo acabara de colocar 4 a 1 no placar, com um sensacional gol de Paulo Valentim (1932-1984) que deixou Pinheiro sentado no gramado. Telê, segundo Didi, o chamou e a Nílton Santos e disse algumas poucas palavras:



– Olha, vocês já são campeões, parabéns, mas digam ao Garrincha (1933-1983) para encerrar o carnaval que ele está fazendo com Clóvis e Altair...

Didi e Nílton Santos nem chegaram a falar com Garrincha, até porque sabiam que ele não daria a mínima bola para a advertência. Resultado: Garrincha marcou o quinto gol e deu o sexto para Paulo Valentim assinalar a maior goleada até hoje em decisões de campeonatos cariocas (6 a 2). E foi por isso, por causa do baile e da goleada, que Didi e Telê se estranharam.

Dois anos depois dessa conversa, na Rádio Globo, Didi deu adeus à vida.



Saudações Botafoguenses,

Roberto Porto




portoroberto@uol.com.br

Começa festa de abertura da Copa 2010...e o saco da apresentação do Galvão

AP

Começou a festa e a apresentação sacal de Galvão Bueno. Mais chato do que as matérias, quase diárias, de todos os veículos sobre as vuvuzelas (cornetas plásticas) é sua narração da abertura da Copa do Mundo.

Como diz o meu amigo e editor de esportes da Gazeta de Alagoas, o jornalista Abides Oliveira, "ninguém merece tanta puxasaquice. Ele é um grande locutor (narrador), mas um péssimo comentarista", desabafou em nome dos demais companheiros.

Entre cores e tambores a África do Sul está em euforia. Para o país que viveu o regime de segregação racial, de fato, é muito importante todo esse explendor de liberdade.

Chato mesmo é o Black Eyad Peas. A escolha foi importante por se tratar de um artista negro, mas o que ele tem haver com a cultura africana. Seria a grande chance do mundo saber e ver mais da terra de Nelson Mandela.

Bom, como as apresentações ainda estão no início pode ser que até o final alguma surpresa salve a programação.

De repente um Carlinhos Brown e sua Timbalada agitasse mais. Quem sabe?

Espera aí...entrou agora Amadou   e  Amarian...um casal portador de deficiência visual...mas que fez o mundo vê a qualidade da música do país.

segunda-feira, junho 07, 2010

Garrincha e minha admiração

Para não ser chato, depois do que disse abaixo, tá aqui minha devoção pela Copa. O problema é que para mim só valeram as de 58 e 62, quando Garrincha e uma constelação de estrelas alvinegras brilharam em campo. No detalhe, Mané se preparando para uma combrança de escanteio, em 1958 na Suécia, sob o olhar atento de inertes e comportados torcedores pouco antes de cobrar um escanteio. Minha admiração pelo "Gênio das pernas tortas" é sempre motivo de galhofagem da galera da redação. Aqui estou eu com cara de abestado e flagrado pelo fotógrafo Edilson Omena (Gazeta de Alagoas).

Vai começar....o enroletion...tom...tom



O começo do fim. No final desta semana tem início a Copa do Mundo. Durante 20 dias não falaremos das mortes de crianças, do avanço do crack (nóia), das famílias que moram em encostas e da sucessção presidencial-estadual, além dos legislativos.

Durante todo esse período vamos nos compadecer com a miséria africana, em detrimento de nossas próprias. O mais grave é que diante da tela torceremos pelos brasileiros mais bem sucedidos do país. Ou alguém tem dúvidas de que nosso time é formado por milionários da bola.

E o pior, ainda iremos nos emocionar quando eles não conquistarem o tão sonhado título mundial. Isto porque, já se comenta que o objetivo é que o Brasil vença, aqui mesmo, daqui a quatro anos. Seria uma forma de compensar a derrota na Copa de 50.

Enfim, para mim está tudo combinado. Tá tudo combinado!

O Brasil tá mal das pernas. Não só porque o técnico é o Dunga, mas por ele não ter convocado o restante dos anões e nem mesmo os bichos: Pato, Ganso...

Alguém deve ficar puto comigo, porque não estou no clima da copa. Na verdade até estou. Quem não gosta de tomar uma e passar horas falando besteira? Eu também gosto. Tanto que já comprei camisas para a galera lá de casa. Minha filha caçula não me deixa em paz com uma corneta zunindo em meu ouvido.

Mas é que não curto mais essa de ficar totalmente envolvido com a Copa do Mundo. Meu trauma vem desde o ano de 1986, no México (Brasil x França). Vi o Zico pegar a bola, se ajeitar, correr pra bater e peder. Alí foi sofrimento. Chorei, fiquei com raiva e ainda ouvi meu pai dizer: você é besta chorar por futebol. Eles estão todos ricos e e você tá aí lascado!!!

Depois disso nunca mais fui o mesmo em relação as copas. Só gosto mesmo quando o pessoal imprensa o trabalho e saio cedo para tomar minha gelada. Claro que torço para o Brasil ir longe na competição. Mas por puro interesse pessoal.

Pois é! Me desculpem os alienados profissionais. Mas esse aqui já pendurou as chueteiras.