sexta-feira, novembro 27, 2009

Mais um


"Mais um ano que se passa...envelheço na cidade", cantava a banda Ira nos incríveis anos 80. Pude viver para ouvir esse e outros refrões que me acompanham ao longo dessa vida. Um deles foi de uma música do 14 Bis: -"Nossa linda junventude, página de um livro bom".

E assim estou aqui, aos 3.7 flex em algumas coisas, mas firme e impulsivo em outras. Com o couro sem ser cabeludo, aonde sobrou pelos surgiram os brancos. Me lembro que quando era pequeno, branco era sinônimo de velho. Agora que o velho sou eu o texto mudou para "mais experiência".

Pois é! Agora é hora de fazer valer a experiência. Tirar o pé do acelarador foi necessário. Entrar no orkut também. É! Quem não fizer isso tá fudido. Ninguém vai lembrar do seu aniversário. A vida tá passando muito rápida. As pessoas não têm tempo para se preocupar com as outras.

Aliás, com porra nenhuma! Basta ver nossa omissão com o meio ambiente.

Nos anos 80 era diferente. As festas se chamavam assalto, mas não eram sinônimo de violência. Mas sim de uma festa organizada de última hora na casa de alguém. Era muito legal. Sou do tempo das festas na casa do Batata, lá na Jatiúca. No final da rua tinha a venda do Seu Nil, que vendia um flau massa da porra.

Adolescente é foda. Ia para a praia com os pés descalsos por cima do meio fio. Palmar na mão e a vontade de escalar as paredes do Posto 7 e do Bem - em Cruz das Almas.

Como o tempo passou. O bom é que estou aqui para contar. Pelo menos do que me lembro. Por falar nisso sou agradecido pelos que lembraram de mim, mesmo que orkutianamente.

Obrigado a todos e a todas!

segunda-feira, novembro 23, 2009

Botafogo: esse nosso amor




E ninguém cala...


Tem coisas que só acontecem com o Botafogo. A frase é velha, chata, incômoda mas perfeitamente integrada ao DNA e espírito alvinegro. Com a gente é difícil, mermão! A felicidade, a explosão do gol e a sensação de gozo, só vêm depois de muita dor. Para não dizer desespero.

Domingo tudo isso junto estava no caldeirão que se forma nos corações botafoguenses em qualquer rincão do país.

Quis o destino que nossos três gols, de virada, contra o São Paulo fossem comemorados em todo o Brasil pela maioria do povo brasileiro. O Brasil ontem era Botafogo...kkk Impensável isso, né!? Mas explico. É que como a vitória o Fogão atrapalhava a pontuação do Tricolor (São Paulo), os Urubus –digo Flamengo- só teriam que vencer para se tornarem líderes.

Pois é! Tinha um só...no meio do caminho (ou melhor dos 90 minutos de partida). O desdém e a prepotência tão comuns aos rubronegros, ontem, foi a maior dor de cabeça. Foram eles quem comemoraram os gols do Botafogo. Aliás só tiveram chance de gritar gol para nós.

Diante de um Maracanã lotado – com o maior público do campeonato – 78 mil torcedores viram o time não sair o 0x0 contra o Goiás. O time do Fernandão, lembra. Aquele que era do Internacional campeão do mundo.

Ninguém do Fla lembrava do Fernandão. A palavra de ordem era Imperador! Ô, ô, ô, ô – imperador voltooooouuuuuu!

Se bem que o Fernandão não fez nada na partida. Nem o Adriano. Como sua majestade em alta, quando notou que a marcação não o deixaria fintar, atraiu a marcação e tocou bolas. Isso não o impediu de ser o Bola Murcha do domingo. Não me esqueço do gol que ele perdeu dentro da pequena área depois de um centro de direita.

Mas vamos ao que interessa. Nunca os gols do Botafogo foram tão comemorados. Para nós alvinegros o grito vem seguido de uma ângustia com gosto de lágrima! Ontem, além disso tudo, vinha com o desejo da “Nação Rubronegra” como se intulam os caras. A cada gol do Botafogo que precisava vencer para se afastar da Zona os flamenguistas vibravam no Maracanã.

Uma cena incrível. Só que quando a bola rolou para eles, depois das seis, o time não rendeu. Não teve quem fizesse o santo baixar no gramado para poder mandar a bola para as redes. Adriano – o Imperador- para mim, foi o bola murcha do domingo. O cara teve a chance de matar a partida quando recebeu um cruzamento e- dentro da pequena área, cara a cara com o goleiro...mandou por cima. É ou não é bola murcha?


Depois disso a torcida silenciou. E aí só se ouvia no Brasil.... E ninguém cala, esse nossoa amoorrrr e é por isso que eu canto assim por ti fogoooooo!




quinta-feira, novembro 19, 2009

Pra quebrar o baixo astral: O traficante gay



Muito boa essa apresentação. Sem falar que ocorre no Rio. De repente os cariocas vivem anestesiados com notícias ruins, aí entra um cara com esse personagem. É para quebrar.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Receita caseira

Há quem com o tempo enjoe da mesma coisa todo dia. Para os "traíras" e puladores de cerca, a "comida caseira" com o tempo perde o tempero. Pois bem, se isso vale para a vida, na linguagem do futebol pode ser diferente.

Pelo menos é o que a credita a direção do Clube de Regatas Brasil, o CRB. Eles apostam em 14 jogadores da base do clube, recentemente campeões do Sub-20. Estrela mesmo, só as que irão pairar no céu da Pajuçara.

A "garotada" como se convencionou chamar os novos profissionais já começou a treinar. O autor da maioria das contratações, o dirigente Miguel Moraes. Ele lembrou que no Campeoanato Alagoano deste ano o CRB eliminou o CSA, seu maior rival, com seis jogadores da base em campo.

A política adotada gera desconfiança porque só surgiu depois das "cabeçadas" financeiras. Mas, na prática, parece ser a mais acertada. Para não dizer a única saída. Os olhos se voltam para o campo. Nele, entre espinhas e brincos, gente com talento e outros que estão lentos.

Os sábios dizem que é o início do trabalho. Vamos esperar.

segunda-feira, novembro 16, 2009

A loira do vestidinho


Nunca um vestidinho deu tanta polêmica. Nem nos anos 60.
Os estudantes da Uniban, a universidade do Talebam - como diz Datena, criaram uma estrela.
Desde o dia em que foi vaiada, hostilizada e quase apanhava de homens e mulheres a estudante Geisy Arruda não para de aparecer.
Agora, depois de quase levar um cassete da galera, foi parar na Globo com a galera do Casseta.
A única exigência foi a de que ela utilizasse, novamente, o vestidinho vermelho que provocou a reação "irada" de seus colegas de faculdade.

Azul e Vermelho, o bar

Ou simplesmente Red and Blue. Assim se chama o bar do ex-ídolo regatiano e azulino Júnior Amorim, que a partir de agora vai atuar noutra praia. A casa será inaugurada nesta terça-feira, na Av. Amélia Rosa.

Antes deste novo momento, os críticos e "olheiros" de plantão costumavam dizer que Amorim era visto nos points da cidade.

Agora, tem o seu. O local é privilegiado e fica próximo de outro empreendimento da família. Me refiro ao salão de beleza de sua esposa.

Amorim espera ter a mesma sorte dos gramados, nos negócios. Em campo a bola sempre o procurou, talvez por conta de seu talento e garra. Atrás de um balcão ou do caixa, Amorim que soube atacar vai ter que saber se defender dos "fiados".


Como foi ídolo tanto no CRB, quanto no CSA saberá, com habilidade, lidar com os chatos de plantão.

Para os azulinos e a história do clube, Amorim vai deixar o belo gol que eliminou o Santos da Copa do Brasil. A jogada repercutiu em todo o país.





quinta-feira, novembro 12, 2009

Polícia no sangue



A quinta-feira, 12 de novembro, será lembrada com mais um fato grotesco e sangrento. Morreu o policial civil, Anderson Silva. O homem que tinha a polícia no sangue, tombou durante a tentativa de evitar um assalto a agência da Caixa Econômica, no Centro de Maceió. A imagem de sua queda, com dois tiros na cabeça são chocantes.

A outra vítima foi o vigilante Aldessandro da Silva que levou um tiro na nuca.


A violência tragou mais um. Não um qualquer, o policial Anderson era um dos melhores. Instrutor de polícia realizava treinamentos para policiais federais. No Tático Integrado Grupamento de Resgates Especiais (Tigre), se destacou em várias operações de resgate de vítima e "estouro" de bocas-de-fumo. Anderson era assim.


Hoje, mesmo sem farda e de folga, falou mais alto sua alma de policial. Durante a tentativa de conter os bandidos foi surpreendido. Quem o conhecia sabia de sua coragem. E não era numa situação como a de hoje que se omitiria.


A coragem de Anderson vem de berço. Seu DNA é carregado com a disposição para a luta e falta de medo herdada de seu pai, o jornalista Laerson Silva. O ato heróico de seu filho, infelizmente, não terminou como nos filmes. -Com o bandido preso e ninguém ferido. Na vida real a fúria dos tiros matam.


É com pesar que deixo esse registro. Peço aqui forças à Deus para a família do Anderson. Só ele pode lhes dar o conforto necessário.





P.S. Me desculpem ter ficado ausente. Mas é que quando criei esse blog só queria falar abobrinhas nas horas de ócio. A violência, porém, tem tirado minha inspiração. Não dá para nos anestesiarmos dos gritos de pânico e de dor. São milhares de famílias enlutadas.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Final estrelado

Um final de semana estrelado. O Botafogo venceu e com moral. Agora só faltam tres pontos para confirmamos a permanência na Primeirona. Ufa!!!

O final de semana foi tão legal que até eu fiz gol. Foi diante do selecionado de S. Miguel dos Milagres que enfrentou o time da Gazeta. Perdemos por 3x2, mas deixei o meu lá. Não vou falar dos dois que perdi...essa pula!

Viva o ócio!

sexta-feira, novembro 06, 2009

Blue Uchôa

Marcos Uchôa no Blue Man Group. Será??? O cara preenche todas as caracterísicas. Pouco cabelo, é internacional e nunca entra pelo cano. Além disso é poliglota. Tudo que interessa aos homens azuis que viajam o mundo.




quarta-feira, novembro 04, 2009

Esporte perde Dalvan, o melhor meia do Vôlei alagoano


Um trágico acidente vitimou o ex-jogador de Vôlei, Dalvan Gama, 54 anos (Foto Agência Alagoas). Considerado um dos melhores atacantes de meio-de-rede ele era ídolo de uma geração de atletas nos anos 70. A fama e o poderoso ataque o projetaram para dezenas de convocações de selecionados alagoanos e até a Seleção Brasileira.

Atualmente trabalhava como funcionário público no Sistema Prisional Alagoano. Dalvan era o responsável pelo Projeto Pintando a Liberdade. Na manhã desta quarta-feira ele perdeu o controle de seu veículo após sobrar numa curva. O carro caiu num rio em Murici. Dalvan estava com a esposa que conseguiu se soltar do cinto, mas acabou preso e morreu afogado.

Sua morte repercutiu no meio esportivo alagoano. No período da tarde muitos amigos se juntaram a dor dos familiares e foram até o Instituto Médico Legal (IML).

O ex-jogador não se distanciou totalmente do esporte. Era integrante do quadro de árbitros de voleibol do Estado e era figura certa nas competições oficiais.

De minha parte guardo boas lembranças do jogador brilhante e extramamente veloz. Mesmo acima do peso, segurá-lo num bloqueio era tarefa para poucos. Lembro-me o quanto sofria quando nosso time juvenil o enfrentava em partidas amistosas no Ginásio do CRB. Numa destas, por pouco, não fraturei um dos dedos.

Que Deus possa lhe dar um bom descanso!

Valeu mestre!

Capas inesquecíveis




A música é um negócio muito louco. A busca pelo sucesso faz o ser humano criar cada coisa. Olha só a capa que eu encontrei vasculhando por aí. Não resisti e trouxe para cá. Não vale tirar onda porque os caras estiveram nas paradas do passado. Agora, a criatividade na montagem do disco foi algo um pouco além do normal.
Curtam!
E quem tiver outras pérolas assim podem me mandar.

terça-feira, novembro 03, 2009

Produção e pluridade de idéias



Em meio ao caos social e administrativo Alagoas conseguiu organizar uma gigantesca feira de livros. Mais do que isso a IV Bienal Internacional do Livro está sendo um dos espaços mais plurais já criados no Estado.





A grandiosidade do evento tem atraído milhares de pessoas para conhecer o que há de novidades na cena literária. Paralelo as atrações do mercado editorial dezenas de palestras , oficinas e mesas redondas estão previstas. Entre os destaques Jessié Quirino, o professor José Marques de Melo e o jornalista Audálio Dantas.




No meio de tantos famosos estão lá os trabalhos dos participantes do projeto "Autorretrato" desenvolvido pelo jornalista Waldson Costa. Ele atua como repórter na sucursal de O Jornal, em Maragogi. Entre uma andança e outra descobriu o interesse das crianças pela fotografia.

A partir daí conseguiu articular um projeto com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e espalhou câmeras em Penedo, Maragogi e Pão de Açúcar. O objetivo era fazer os pequenos se olharem e se reconhecerem como protagonistas de suas histórias. Além de lhes dar a chance de que pudessem olhar para os locais onde moram de outro modo. Um jeito mais poético.



O resultado é uma gigantesca exposição na Bienal, onde os trabalhos saltam aos olhos. Desde que soube da idéia me encantei. Quando vi a matéria feita pelo companheiro João Dionísio, no jornal Tribuna Independente, simplesmente vibrei.




Wadson conseguiu unir vontade e desejo tudo ao lado de voluntárias que rodam o final de semana até os vilarejos. São eles quem fazem oficinas e dão os primeiros toques de como operar com a câmera. O resto é com a galera que vai para rua para buscar rostos, situações e paisagens.


A resposta das crianças tem sido surpreendente. Incrível o que está sendo produzido. Uma lição para nós moradores da capitá. Estamos diantes de novos poetas visuais. Quem quiser votar no melhor trabalho pode entrar no site http://www.retratonordeste.blogspot.com/ .





Camarada valeu pela idéia e a execução do projeto.
Sucesso, sucesso e sucesso!