quinta-feira, outubro 08, 2009

A vida como ela é...

Quando li e depois assisti as versões da Globo para os contos de Nelson Rodrigues - parecia que todos os dramas da vida moderna brasileira já tinham sido expostos. Assassinos, cornos, funcionários relapsos, amantes, entre outros.

Na coluna diária "A vida como ela é" Nelson explorava tudo.

Mas aí o tempo passou. A ficção virou realidade muitas vezes. Agora, porém, é realidade quem supera a ficção.

Atos bestiais contra a vida humana estão explodindo todos os dias. Entre os mais odiosos está a pedofilia. A agressão sexual contra crianças é algo inaceitável até no inferno. Acredita-se que os agressores de hoje são os molestados do passado.

Mas, existia tanta coisa assim?? É incrível! Semanalmente os casos vão se acumulando. Nossa indignação, protesto e revolta não encontra eco para encontrarmos uma saída.

Enquanto isso não pais e parentes vivem a apreensão e a dor das famílias atingidas por essa doença do comportamento. Ter atração sexual por uma criança rompe qualquer limite aceitável. É criminoso, horrendo e imcompreensível.

O que fazer para descobrir um pedófilo antes de cometer algum crime? Há saída?

Até onde sei não. Ouvi o psicoterapêuta Flávio Gikovate - na CBN- falar sobre o tema. Segundo seu relato não se sabe quem são os pedófilos. Eles são pessoas como nós. Estão nos mesmos lugares que nós. Só que enquanto nos encantamos -sexualmente com adultos - eles estão processando essas informações com crianças.

Dor
Ontem (quarta - 7) vi o efeito brutal de um crime sexual seguido de assassinato. Duas crianças (Jaciara e Cassandra) foram abusadas e estranguladas. A dor dos pais e parentes ao descobrirem a história foi massacrante.

Não houve como não se comover. A imparcialidade era rompida com lágrimas nos olhos. Os gritos da mãe e o desespero do pai doiam na pele dos que também tinham filhos. Era desconfortante a cena.

Ao mesmo tempo o povo vivia uma explosão de ódio. Queriam estraçalhar o acusado. As pessoas partiam para cima da polícia. Enfurecidos por pouco não radicalizaram e colocaram o carro da polícia de pernas para o ar.

Mas, e aí? É assim que se resolve? Matá-lo agora serve de alguma coisa? E o que fazer com todos os outros que virão?

Há uma discussão de que os pedófilos podem receber injeção química para perderem o desejo. É uma das alternativas que circulam no Congresso Nacional. A medida é adota nos Estados Unidos. Por isso acreditam que se lá funciona aqui vai ser o mesmo.

Outra medida seria colocar pulseiras eletrônicas para localizar, diariamente, onde estão os pedófilos que venham a ser identificados.

Siceramente não sei como pensar mais sobre estes casos. O que mais me estarreceu é que acredita-se que certa de 15% de toda a população mundial manifesta comportamento pedófilo. O que fazer??

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