segunda-feira, agosto 31, 2009

Alvinegros! Pelo menos os que estão em condições de falar. Parabéns! O feito do último domingo coloca Arapiraca na vitrine do esporte nacional. Entrar na temida série B faz do ASA o time mais compentente, dentro e fora do campo, durante este ano.

Os matutos - como foram tratados certa vez pela mídia - ensinaram aos grandes da capital como jogar futebol. Estão com a bola cheia. Em Alagoas a moral é do ASA de Arapiraca.

Diante disso só me resta desejar ao ASA, três coisas: que a vaidade jamais tome conta das mentes e corações dos dirigentes, que os incopententes nunca se elejam presidentes e que a torcida continue ajudando para o clube ter grana.


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Agora vamos falar de outro alvinegro, o time a estrela solitária Aquele que pode até jogar com o ASA, ano que vem. Claro que por ser alvinegro deveria bater na madeira, se benzer. Mas, cair é o preço de quem anda em pé.

Num final de semana onde o alvinegro arapiraquense se garante na final da Série C, o botafogo em mais um 3x3, desta vez contra o Grêmio se credencia para pegar o ASA na série B, em 2010. Só assim vou conhecer o Engenhão. A casa do

Botafogo anda mal das pernas. Enquanto o ASA voa, o glorioso pula, mas não decola. Só empata. São vários resultados iguais que só lhe rendem um ponto. Num campeonato com pontos corridos, o time tem feito os pontos correren dele. Com apenas um por empate a chama do Fogão está cada vez mais branda.

Fico imaginando a torcida femina Botafogosas, devem estar frígidas.

E os caras da Botachopp, constantemente ressacados.

Domingo o Bota jogou com garra, mas não conseguiu agarrar os chutes dos adversários. Foram três que entraram. Para compensar também colocamos três vezes nos gaúchos. O problema são as circunstâncias.

São partidas dramáticas. Coração na boca. Bola na trave, raspando...vixe....uuuuhhhh! Ouvir jogo pelo rádio então....é onomatopéico.

Como ouvinte da Rádio Globo/CBN tenho notado que até o José Carlos Araújo não consegue mais falar do Botafogo com aquela alegria que o consagrou.

Está faltando um Biriba em nossas vidas. Calma, me refiro aquele cachorrinho malhado de preto com fundo branco que nos anos 50 invadiu o campo e virou mascote. Precisamos, urgente, que algum invada uma partida nossa. Ou será que teremos que ressussitar o Carlito Rocha -presidente que adotou Biriba - o mais superticioso de todos os tempos.

Só sendo.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Mundo sem rumo


O mundo, além de mais imundo, me parece sem rumo. Não só as economias estão em crise. Mas, fundamentalmente a juventude. Responsável pelos grandes movimentos culturais, comportamentais e revolucionários no último século, atualmente estão alheios.

Herdeiros da cultura do pós-moderno que priorizou o gosto individual e o "faça vc mesmo" como princípio, os jovens são incapazes de produções coletivas. O corpo virou vitrine. Quanto mais chocar e incomodar pelo visual, melhor! Ou seria pior? Bom, não posso entrar nas escolhas individuais. Cada um faz o que quer e como quer.


O fato, porém, é que não temos mais vanguarda. Quem está a frente das discussões? Os de sempre. Os partidos se partiram. Alguns, para não morrer, se fundiram. Enquanto representação ficaram distantes dos interesses populares. A descrença e a falta de ideias e ideologias eliminou o que a juventude tinha de mais legal: o poder de contestar e transformar.

A globalização trouxe tecnologia, aproximou nações ao mesmo tempo que disseminou a cultura do lixo. Aquela que não leva a nada, a não ser a deformações estéticas e de pensamento. A classe média - e seu velho poder de consumo- não sabe, nem pode mais comprar como antes.

A informação perdeu o status de informar. Agora, na condição apenas de produto também é descartável.

Os efeitos dessa "cultura do nada", lamentavelmente, chegou por aqui. Os tupiniquins que sempre quiseram ser primeiro mundo aprenderam a lição. Os movimentos sociais não evoluíram. Alguns até implodiram. O conteúdo se esvaziou.

Hoje, são os movimentos por direitos civis dos homossexuais, lésbicas, transexuais e até dos maconheiros que conseguem agregar. A temática, mesmo relevante, não colabora para a mudança estrutural das instituições.

Fenômenos como o impeachment, raramente ocorrerão. Não há liderança. E as que surgem não têm visão macro. Defendem segmentos. E quanto mais segmentada a sociedade, menos organização.

A internet incluiu os excluídos de opnião, mas num momento em que opinar virou clichê. Dizer só por dizer não transforma. Nessa linha minha crítica vai para a esquerda e a direita. A divisão está cada vez mais difícil, mas ainda existe.



Desde que aceitamos a eleição como meio de mudar realidades, a política é o único caminho. É nela que o cidadão tem que atuar. A luta para ter direito ao voto não foi fácil. Custou vidas e deixou feridas abertas até hoje. Ditadura ainda é uma palavra que causa pânico.

Mas isso é outra história!

O maior também já foi do Corinthians


Não. Não você não está biritado. É o Garrincha a época em que atuou no Timão. Foram oito partidas, sendo que nenhuma delas conseguiu jogar os 90 minutos. Era o fim da década de 60, a estrela de Mané já não brilhava como outrora. O homem que entortou os adversários caminhava para o final da carreira. Neste período, em partida de exibição, também atuou no ASA de Arapiraca.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Senador dá cartão vermelho ao PT

Depois do cartão vermelho de Eduardo Suplicy ao senador José Sarney, o seu colega de partidoe de bancada, Flávio Arns do Paraná fez o mesmo, mas só que para o PT.

Ele confirmou sua desfiliação nesta quinta-feira. Disse que não teme a "batalha" jurídica que pode enfrentar com o partido por conta de sua vaga. "Fidelidade partidárida para mime é uma via de mão dupla. Tem a minha ao partido e a do partido a sua história, ética e o programa", declarou.

A Gota d´água para sua saída foi a orientação do partido para que a bancada absolvesse Sarney no Conselho de Ética do Senado Federal. Este é o segundo senador que o partido perde em uma semana. Antes, Maria Silva do Acre anunciou sua desfiliação para concorrer a Presidência da República pelo Partido Verde.

Mário Quintana

OS DEGRAUS

Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...

Baú de Espantos

quarta-feira, agosto 26, 2009

A propaganda é a alma do negócio


Cartão vermelho empatou audiência da vingança de Raul contra Ivone


A média é a atividade da mídia. Los média, têm como missão mediar informações da sociedade para a mídia e de lá para cá. Isso quer dizer que quando um fato surge, a depender da dimensão, ele se projeta de baixo para cima.


Mas, há os fatos de cima para baixo como a agenda da mídia sobre a questão do diploma. Todos tinham o mesmo discurso. Depois as duas maiores empresas, Globo e Record, romperam os limites de convivência e uma tem revelado as víceras da outra.


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Dito isto, volto para o mundo real. No dia (última terça-feira) em que estava agendado a vingança do personagem Raul (homem que foi enganado por uma golpista que lhe tomou todo o dinheiro) contra Ivone (a golpista), eis que surge - no pleário do Senado Federal- o discurso do senador Eduardo Suplicy.



Disposto a falar a linguagem do "povo" usou um cartão vermelho -usual em partidas de futebol para expulsar quem comete falta grave- e com isso demostrar sua posição sobre o colega José Sarney. O pai do Supla quis dizer que a absolvição de Sarney na Comissão de Ética não fora tão ética. E que o clamor das ruas o quer fora do cargo.


Só que o senador Heráclito Fortes - dos tucanos e favorável a queda de Sarney- tentou prejudicar a jogada de Suplicy - até então romper o silêncio e criar um fato maior que a vingança do Raul (Tá ligado!).


Heráclito usou palavras fortes como " vossa excelência", "carinho" e "Lula" para atacar Suplicy. O tucano queria que o cartão vermelho fosse dado a Lula, que entrou no campo do Senado. Irritato senador petista tremeu, gaguejou, esbravejou, rebateu, engrossou a voz, mas tudo isso daquele jeito Suplicy de ser.


A situação ainda coube uma ironia de Heráclito que pediu para o garçon do Senado Federal servisse ao colega petista um suco de maracujá.


Na prática a cena dois políticos foram mais fortes e reais do que as exibidas na telinha - durante a novela. A audência da vida real atrapalhou a ficção, mesmo que para a maioria a realidade é feita de mentira.


O tal clamor das ruas, ao qual se referiu Suplicy não chegou aqui na região. A novela prevaleceu. Do cara que vende dvd pirata até o que compra -incluo aí todas as classes- o assunto era saber se o Raul ia não matar a Ivone. Os que tinham internet já antecipavam o resultado.


"Não, não vai. Ele só vai mandar ela comer chocolate como se tivesse envenado", explicou um cara que eu nunca vi antenado com a conversa de duas mulheres do setor de serviços gerais. Incrível! De repente eles olharam para mim e meio que cobraram uma posição. Rapidamente, sem pestanejar respondi:


"acho melhor ele pegar a grana e se mandar, porque se não, só o que vai gastar com advogado o deixará (o tal Raul) pobre novamente", respirei no final.


Porra! Nunca fui tão aceito numa conversa compo depois de demonstrar acompanhar a novela. Depois para ver mesmo se já tinha ganho a galera emendei: "e aí?! cês viru o negócio do senado que o senadô tava brigano com o outro e um deles tava com um cartão vermelho??"... viru?!


-Não. Tô sabendo não. Mas, vamo circulando se não vão dizer que tamo falando besteira, falou uma das mulheres enquanto se afastava junto com a outra.

Se depender do clamor público nós estamos é fudidos!

A mídia não tá cumprindo seu papel de fazer a média ou mediar. A audiência que somos todos nós, aparecemos como pontos eletrônicos nas máquinas que medem número de aparelhos ligados. Só temos opinião para amenidades, futilidades e sexualidades alheias.


domingo, agosto 23, 2009

Raul e a mosca na sopa

Vinte anos sem Raul. A data foi durante a semana, mas decidi só tocar Raul, digo falar algo, hoje. O melhor programa que ouvi do nosso "Cowboy fora da lei" foi no rádio. Na CBN- no sábado à noite- o presidente do Fã Clube Raul Seixas, Silvio Passos revelou um fato interessante.

Do ponto de vista mercadológico ele vende mais do que se estivesse vivo. Isso é impressionante. São 100 mil filiados. Mais do que muito partido nanico.

Sua irreverência, empatia e acidez no humor fazem falta. Com certeza, se vivo fisicamente estivesse, teria feito uma música para o Sarney.

Não tenho dúvidas que Rauzito seria a "mosca na sopa". Substituiria a tarefa legada a imprensa - que se achou o 4º poder, mas viu seus profissionais perderem o diploma.

Raul, com sua sociedade alternativa, já teria encontrado uma saída. Ou apontado ele para o presidente do senado.

Para o PT cantaria aquele refrão que diz: "prefiro ser essa metarmofose ambulante - do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".

Quando lançou o vinil Abre-te Cézamo e os 40 ladrões disse que era uma onda com a abertura democrática. Parece que Raul tava adivinhando.

O fenômeno Raul mobiliza milhares de internautas com blogs para o mito. Encontrei esse aqui.







quinta-feira, agosto 20, 2009

Poema Ócio - de Al Chaer

ócio

me vicio

nas horas vagas
do teu corpo
nas horas plenas

entre um cio
e outro
sacio
e não sai cio

Agende-se

Como não dá para ler, exceto se vc clicar na imagem...

Heloísa conversa com o flamenguista e jornalista Plínio Lins, terça-feira dia 25, na chopparia Rapa Nui, em Ponta Verde.

A onda do poder



Ter poder não para qualquer um. Tem que ter estômago. Se for de avestruz, melhor ainda, porque entra qualquer porcaria. Mas, para os puritanos os gestos, acordos, conversas...etc são assustadores.
A quarta-feira em Brasília foi cômica, para não dizer trágica. De um lado o PT tendo que cumprir a determinação do Planalto. Do outro o PSDB querendo cantar de galo, mas tão sujo quanto o pau do galinheiro.

Resultado: todos os pedidos de investigação na Comissão de Ética, contra o presidente José Sarney, foram arquivados.

O acordo contou com o apoio do PT e do PSDB, que não queria o senador Arthur Virgílio-maior crítico de Sarney e de Lula- investigado também.

É! Cada vez mais a política está sem rumo. Do lado de cá, onde nós mortais temos que continuar na luta diária, as decepções dão lugar a apatia. O pior é quanto mais apáticos, mas roubados continuaremos.



quinta-feira, agosto 06, 2009

O dia em que a notícia foi o repórter


























A rotina do jornalista é dura e incerta. Saber se uma pauta vai render, só depois de chegar ao local do fato. A surpresa sempre é a melhor arma do repórter. Hoje a arma estava do outro lado. Nas mãos de um, dos dois bandidos que assaltaram o premiado repórter Gilberto Farias, do Jornal Gazeta. Levaram a máquina Cannon profissional da empresa, em pleno dia, na Grota do Cigano.






A cena ocorreu durante o registro de um protesto de alunos e professores. O companheiro de pauta era jornavocalista Lelo Macena, da Gazeta e do Xique e Baratinho. Com seu bom humor característico, antes de deixar a redação disse em voz alta que traria a manchete do dia de amanhã. Cumpriu a promessa. Só não disse seria a capa.



O cenário do assalto parece um videoclipe. De um lado os repórteres e do outro o os manifestantes. De repente, por trás, um jovem armado e outro rendendo o Giba e o Lelo, que segurava um guarda-chuva. No momento do assalto as crianças gritavam, em coro:


"aõ, ão, ão
o Téo é farrapão!"


Sem entender o que acontecia Giba tentou reagir. Graças a mão divina o assaltante não puxou o gatilho. O povo ficou atônito. Completamente desnorteados os jovens fizeram tudo diante das pessoas.






Em minutos os redatores viraram redigidos. A manchete se consagrava a partir de suas vidas em risco. A rotina mudava de lado. Giba e Lelo romperam, pelo menos por um dia, a cina de mostrar e escrever as tragédias alheias. Contaram a sua.





O drama social, que tem no flagelo do crack e do crime, sua maior expressão está sempre em pauta. Os jornalistas sabem disso. Hoje, dois deles, sentiram de perto. A vida passou num flash. E o risco de raspão. Já as autoridades vão levar mais um beliscão para ver se acordam.






Agosto é mesmo um mês irônico. Fez o poeta que virou repórter se emaranhar entre a ficção e realidade. Ele já cantara, em verso e prosa, a explosão da violência.






Na música "Elemento peste", Lelo denunciou que na "Na Grota do Pica-pau vc pode se dar mal- Na Grota do Cigano...aqui não tem engano - Na Grota do Arroz ninguém deixa nada para depois...". Hoje se integrou a letra.



O final feliz da história, de hoje, vai virar capítulo do livro "Giba, meu horói!" Com ele não falta acontecer mais nada.






Aqui minha solidariedade aos colegas. Quanto a cobrança por segurança...isso já fazemos todos os dias. O que falta é investimento social capaz de incluir, tratar e recuperar dependentes químicos. A segurança se faz com prevenção. O tráfico se combate com inteligência.


Comentário

lulacastellobranco.blogspot.com

Querido Tcholovsk, também solidário, principalmente por eu também conduzir um equipamento de igual valor comigo, adentrando nos espaços mais distintos, na labuta de nossa profissão tão fascinante. Quero aqui apenas dizer, que nessa música do grupo Xique Baratinho, que Vc citou, o refrão diz o seguinte: "E aí, velho !? Vc vai ficar parado aí ? Pegue seu berro, e vamos meter bronca !"... Pode-se dizer, o feitiço contra o feiticeiro.










quarta-feira, agosto 05, 2009

Bigode Federal

O presidente do Senado Federal, José Sarney, garantiu audiência da TV Senado na tarde de quarta-feira. Depois de apanhar muito, silenciar e ter a cabeça pedida pelos colegas ele decidiu falar. E muito!


Negou que o bigode seja seu. Negou ter acobertado atos secretos. Inclusive quer saber, se realmente eram secretos, porque já tá todo mundo sabendo mesmo.


Além disso, confirmou que é um Hyllander. Não morre, nem cai assim tão fácil. Principalmente porque é membro da Academia Brasileira de Letras, ou seja, é imortal.