quarta-feira, julho 29, 2009

Vinte anos sem Mussun... e um tempo que não volta




O tempo passou muito rápido. Para mim 1989 tá bem ali. Foi um ano inesquecível. O Fogão Campeão Carioca (após 20 anos sem título), o primeiro voto para presidente (fui Lula), a morte de meu pai e, na tv, a despedida de Mussun. O anti-herói dos "Trapalhões".

O programa ia ar sempre aos domingos, antes do Fantástico - quando era o show da vida e fazia jornalismo.

O Mussum era a síntese do povo brasileiro. Engraçado, sambista, ignorante e entorpecido. Para os dias de hoje seria meio incoerente ter num programa infantil um personagem que ao invés de spinafre tomava "chopps". Era honesto.

Mas, era um tempo diferente. Estávamos deixando a ditadura. Pior eram as botinadas dos militares. Depois dos "anos de chumbo" ele passava batido.

No dia que soube da morte de Mussun me lembro que fiquei triste. Não era como hoje. A internet não era popular. Era muito difícil ter notícias. Isso era função da tv, do rádio, jornal ou revista. Li na Revista Manchete (do Adolfo Bloc) quem era o pai, o músico e o artista Mussun.

Ele foi fundador do grupo de pagode- que na época ainda era samba de mesa- Originais do Samba (obrigado Bojão). A carreira como humorista o desviou. Mas, o samba estava no sangue. Acho que todos da minha geração (30 ou 40 anos) ouviu falar da Escola de Samba Mangueira pelo Mussun.

Quando não falava estava vestido com um terno unindo as cores verde e rosa.

Hoje ao lembrar do "Mussun Day" deu uma baita saudade do período da inocência.

Um comentário:

Jorge Henrique - meninoborjes disse...

O grupo que o Mussum tocava era "Os originais do samba"