quinta-feira, janeiro 31, 2008

A simbologia da lavagem dos baianos

Os baianos têm uma crença diferente. O candoblé é a religião que predomina e convive com o catolicismo. No dia dos "guias" ou "santos" as baianas lavam a igreja para que a divindade chegue numa ambiente de limpeza.
Elas acreditam que a lavagem afasta o que há de ruim. Poxa! E se nós fóssemos baianos? De repente lavaríamos além de igrejas, a assembléia, as câmara e os tribunais.
A faxina seria capaz de afastar os maus espíritos que habitam essas casas e surrupiam o dinheiro que deveria ir para a saúde, segurança e educação.Ultimamente corremos atrás de uns tais R$ 200 milhões... e de uma tal folha 108.
Desde a operação taturana que vejo a sociedade tentar se mobilizar para pedir a saída dos deputados envolvidos, pelo menos, da mesa diretora que fazem parte.
Como o alagoano não tem sua vida formada na luta pela liberdade e igualdade, puxar o povo para a rua tá difícil. Além das entidades que têm mobilizado, ou convocado o povo, o Ministério Público e até o Mendes de Barros, ex-marajá dos anos 80, já disse que o caminho é a mobilização popular.
É incrível a apatia das pessoas. Sou mais as baianas e os baianos, que tanto são criticados como povo calmo. Eles pelo menos se mobilizam pelo que acreditam. E nós? Acreditamos em que? Ou em quem?
Enquanto estamos sendo engolidos pela violência não temos, se quer, a coragem, de reagir a outra coisa maior ainda: a corrupção.
Sou da linha que acredita que mais grave do que roubar é não se indignar com o roubo.



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