segunda-feira, maio 21, 2007

Vale a pena ver de novo


(Renan, segunda-feira, em visita à Gazeta)


Se fosse uma novela, a crise provocada pela "Operação Navalha" passaria à tarde, na Globo, no horário reservado ao "Vale a pena ver de novo". Pois o envolvimento de autoridades com empreiteiras não é de hoje. Nem de ontem. É uma relação edificada há muitos anos. É um fato que se repete.


A diferença, agora, é que dono da Gautama é budista e tem um poder de converter muita gente a religião. Só que a pratica ao contrário. Nessa todos são favoráveis ao acúmulo de riqueza como princípio para fortalecer o "eu interior". E o exterior, também, já que muitos dos "irmãos" de fé costumam viajar para a Europa.

A única coisa que o povo não quer, assim como a classe média, e uma parte da classe política, também, é que os políticos envolvidos, não acabem como o Maluf. Quero dizer: - de volta ao congresso.Como se nada tivesse acontecido.

Renan não está acostumado ao novo papel, que o deixa cercado pela mídia, que sempre gostou de tratar com carinho (veja foto acima). Desde que votou contra Collor, na época do Impeachment, ele passou a ser o "mocinho" das tramas. Mas, agora, quis a história que o ex-presidente voltasse no papel principal e Renan, amargure a posição de vilão.

Como a roda gigante da vida é interessante. Um dia Renan quis mudar o mundo pelo PCdoB. Não foi muito longe com essa idéia. Porém, ainda assim, conseguiu mudar sua vida e a de seus familiares. Para melhor é claro.

Nesse momento como presidente do senado gozava do respeito de todos os segmentos políticos, até os mais retrogrados de seu partido. Mas como não se sujar diante de tantos amigos caindo na lama? É um desafio. Quase impossível eu diria. Os jornais estão em sua cola. Especula-se de tudo.

Visivelmente chateado com tudo, talvez não vá ao Maracanã, domingo, para ver Botafogo e Flamengo. Assim como o clube, ele amarga tragédias, no melhor de sua fase. Parece que o ditado, mais folclórico ligado ao clube, vale para ele. "Há coisas que so acontecem aos botafoguenses". Acho que vai ser difícil ele virar o jogo.
No Campeonado Brasileiro da Honestidade 2007, o seu time caminha para o rebaixamento.
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Frase da semana
"Se gritar pega ladrão
Não fica um meu irmão..."
Autor Bezerra da Silva (sambista pernambucano, já falecido, que radicou-se no Rio de Janeiro)
Obs. Em atenção ao comentário do leitor Mário, retificamos a informação sobre a origem de Bezerra da Silva.

2 comentários:

Moresi disse...

Bezerra da Silva era e continua sendo a verdadeira expressão da inteligência musical.

Mário disse...

Não sei se a citação era mesmo do Bezerra da Silva, mas com certeza ele não era carioca. Bezerra era pernambucano.