sexta-feira, outubro 13, 2006

Um ano sem o sorriso de Álvaro Tojal

O jornalista Álvaro Tojal completou um ano de sua morte no dia 11 de outubro. Vítima do trânsito, Alvinho como era chamado, deixou saudades. Sempre de bom humor e afim de uma nova paquera ele se formou com a minha turma de faculdade, mesmo sendo alunossauro (nome dado aos que estão fora de período).
Na hora do juramento, numa clara demonstração de falta de atenção levantou a mão errada. Tenho essa foto no álbum de formatura. Depois corrigiu a postura sorrindo.
No início do ano o Sindicato dos Radialistas fez um vídeo com as últimas imagens de Tojal.
A ele devo a primeira ida a um estúdio profissional de rádio. Foi na Rádio Educativa, em 1992. Graças a ele confirmei o que queria fazer para viver: ser jornalista.
Via Álvaro na tv ou o ouvia no rádio ao lado de seu pai. Eles cobriam o vestibular. Quando fui fazer as provas para a Ufal, na Escola de Ciências Médicas, Alvinho foi fazer a cobertura. Veio em minha direção com um microfone na mão e um rádio enorme no ouvido. Ao perguntar sobre a expectativa para a prova e qual o curso que pleiteava se impressionou com minha voz.
Fiz questão de falar o mais grave possível. No estúdio, ancorando pelo então radialista Ildo Rafael, Alvinho sugeriu-o que eu fizesse algumas entrevistas, numa espécie de teste. Aceitei o desafio e entrevistei meus amigos. Me sai relativamente bem. Ao final ambos me convidaram para conhecer os estúdios da Rádio Educativa e Difusora, onde tive a chance de conhecer seu pai, Luiz Tojal.
Combinamos para depois do resultado. Naquele ano não havia passado. Mesmo assim Álvaro fez de tudo para me localizar e arranjar um "estágio" na Educativa. Trabalhava ao seu lado e de Edimilson Teixeira, o ET, que depois virou meu colega de classe na faculdade.
Foi uma experiência única. Os dois conduziam o programa "Falando Francamente" e eu era o noticiarista. Um dia gravei umas notícias ao lado de Miguel Torres, que já era um nome forte no jornalismo da TV Gazeta. Jamais esqueci aqueles dias.
Hoje quando lembro de Álvaro não sinto tristeza, mas sim saudades. Mas o sentimento que tenho em relação a ele é de agradecimento.
Obrigado Alvinho!

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