terça-feira, outubro 17, 2006

Kajuru em depressão tenta suicídio

Jornalista apontado como polêmico vive polêmica pessoal

A vida tem se revelado para nós mortais como o maior desafio de todos os tempos. Ser certo ou errado é um dilema tão gigantesco como o se seremos ou não felizes e bem sucedidos.
No mundo da comunicação onde atuamos isso é muito mais perceptível. A visibilidade, por exemplo, é um passo para o sucesso.

Em São Paulo, o jornalista goiano Jorge Kajuru, conseguiu tudo isso. Mas, depois de sucessivas entrevistas bombásticas onde falou até do tamanho do seu pênis, ele perdeu mais uma vez o emprego e descobriu um gravre problema de saúde.

A bronca envolve uma perda de visão que provocou uma depressão, associada a uma placa de gordura no coração e um pequeno sisto no cérebro.

Por conta disso ele chegou inclusive a tentar o suicídio, ingerindo remédios.

Ontem, por coincidência, ou não, ouvi o relato de uma torcedora. A dona Enaura do Galo. Figura carimbada nas arquibancadas alvirubras, também anda depressiva por está com um problema de glaucoma (aumento da pressão do olho).

Mas, ao contrário de Jorge Kajuru, ela conseguiu o apoio incondicional de dirigentes e amigos que prometeram estarem ao seu lado nesse problema. Assim que souberam do problema, como uma "ola" que movimenta todo mundo nos estádios, a torcida se mobilizou em se prontificar para ajudá-la. Foi uma das coisas mais bonitas, desde que passei a acompanhar futebol.

Em menos de meia hora o apresentador Antônio Guimarães, o Malandrinho conseguiu trazer ao ar, em seu programa
-Cadeira Cativa-, na rádio Jornal AM 710, autoridades e torcedores que se comprometeram em ajudá-la, no que for preciso.

Por que casos semelhantes acabam de forma diferentes? É que Kajuru atingiu, com seu trabalho, muita gente. Ao passo em que consquistava, afastava pessoas com seu jeito polêmico e inatingível.Ser profissional é, antes de tudo, saber que em atinjo é gente igual a mim.

Outro detalhe, superexposição, nem sempre ajuda. Ela cria a idéia que as pessoas são mitos e por isso não adoecem.Não morrem e nunca tombam. Penso que o que vive, o ex-apresentador do SBT é uma provação que depois será resolvida.

É um tipo de lição, principalente, para nós de que devemos está próximos das pessoas nos momentos bons e ruins. E elas (as pessoas) têm que se abrirem para isso.As palavras têm um preço, que extrapola o valor financeiro e marcam a alma.

Enquanto isso do outro lado do mundo, Dona Enaura ao invés de detonar, aliou-se ao sentimentos amáveis e desportivos de seu clube, o CRB.

Ou seja, plantou uma semente que agora começa a colher: a amizade. Por isso não me supreendi quando vi todos a socorrerem ou colocando o ombro para dividir com ela esse momento difícil. Estou entre os soldados que defenderão a brava torcedora.

Parabéns ao Malandrinho pela iniciativa!

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